Mulheres em situação de vulnerabilidade, completam primeira turma do “Facilita Trabalho”

Nesta quinta-feira (5), a primeira turma do “Facilita Trabalho” finalizou o ciclo de atividades técnicas e motivacionais, em uma cerimônia na Câmara Municipal. A ação irá acolher no total, 130 mulheres em situação de vulnerabilidade. Cada etapa dura seis meses e pode ser renovada, uma vez, pelo mesmo período. A triagem é feita pelas equipes dos cinco Centros de Referência de Assistência Social (Cras), principalmente para aquelas que nunca trabalharam, têm filhos e sem oportunidades de inserção no mercado de trabalho. Os secretários municipais: Bernardo Rosa (Governo) e Nélia Cunha (Assistência Social) prestigiaram o evento de desenvolvimento pessoal e profissional.

“O Facilita para mim foi uma surpresa muito grande, porque chegou na minha porta e perguntou se eu queria trabalhar. Trabalhei muitos anos na casa dos outros. Minha carteira nunca foi assinada. Eu não acredito que agora, depois que a gente está mais velha, assinariam a carteira. Esse era o meu maior sonho e o ‘Facilita’ realizou. Só tenho que agradecer. É outro sonho trabalhar com criança porque eu já fiz magistério e não realizei e, para mim, estar com elas é fantástico”, disse Aparecida Ramos, de 59 anos, que trabalha como auxiliar, na rede municipal de ensino.

Assim como ela, outras 49 participantes foram selecionadas pelos Cras, considerando critérios sociais. De acordo com Juliana Alves dos Santos, supervisora do “Facilita Trabalho”, o programa em parceria com a Associação de Proteção à Maternidade e à Infância de Itabira (APMII), tem como objetivo a inserção no mercado e a capacitação profissional através de cursos. “Elas prestam serviços nas escolas, uma parceria com a Secretaria de Educação, e fazem curso profissionalizante na área de panificação, doces, salgados e quitandas,” explicou a supervisora.

“Agradeço a Deus a oportunidades de trabalho que o ‘Facilita’ me deu. Este é meu primeiro emprego, sou auxiliar de portaria, e presto serviço na creche Bom Pastor, no bairro Praia. O curso de padaria está sendo muito bom, e minha professora Sandra está brilhando, me ensinando várias coisas e eu aprendi muito”, destacou Irani dos Santos Costa, de 39 anos, mãe de cinco filhos e moradora da comunidade rural do Engenho. No começo do programa, ela participava das atividades com o filho de apenas dois meses de idade, pois não tinha com quem deixar.

“É o primeiro emprego com carteira assinada da maioria delas e, desde o início do programa, conseguimos perceber o desenvolvimento. Elas já cresceram e se desenvolveram como pessoa, e profissional”, concluiu Juliana Santos. A carga horária de trabalho das participantes é de 20h/semanais nas escolas municipais, como: auxiliares de cozinha, organizadoras de pátio, ou na portaria, em regime Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com remuneração de meio salário mínimo. Um dia da semana é reservado para cursos de qualificação.

Nélia Cunha e Bernardo Rosa

“O Facilita Trabalho veio para completar o programa de transferência de renda que é a moeda social. A contratação dessas mulheres permite o desenvolvimento delas por meio da geração de trabalho e renda, motivando ainda a buscar outro campo de atuação, com o curso na área alimentícia. Então, elas podem, além de aprender uma profissão, se tornar empreendedoras, vendendo e trabalhando com o que produzem,” analisou a gestora da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), Nélia Cunha.

Jaqueline Alves, de 53 anos, estudante de pedagogia, durante a pandemia, precisou trancar a faculdade porque ficou desempregada. “O ‘Facilita Trabalho’ só me agrega, pois pude voltar para o meu curso de pedagogia, e além disso, estou tendo a oportunidade de conhecer o ambiente escolar, meu ambiente de pedagogia. Estou lidando com as crianças menores, que é também o meu campo de estudo. Além disso, complementa a minha renda depois que perdi o emprego, e tive que me tornar artesã para cuidar de mim e da minha mãe,” comemorou a participante.

Para o responsável pela Secretaria Municipal de Governo (SMG), Bernardo Rosa, o “Facilita Trabalho” é um programa que vai além da inclusão social, pois permite a renovação da auto-estima, e qualificação profissional. “É um programa de valorização, qualificação e colocação da mulher no mercado de trabalho. E o ‘Facilita’ só existe por causa das mulheres que fazem parte dele e porque o governo se preocupa com o cidadão e a cidadã itabirana, propiciando oportunidades, qualidade de vida, qualificação e aprendizado para as pessoas”, finalizou o gestor da SMG.

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