Fonte: Banco Central
Os Correios somou superávit em 2022, mostrando cenário de tendência a não privatização. Projeto de Lei 591/21 está parado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado Federal. Porém, as chances de que não prossiga e seja paralisado completamente são altas. A Associação dos Profissionais dos Correios (Adcap) entende que vender a empresa pública é desfavorável, por ser uma empresa com estabalidade admnistrativa e sustentável. Nos últimos 20 anos, a estatal teve prejuízo em um curto período, conforme gráfico abaixo. E mesmo com retirada de cerca de R$ 6 bilhões pelo governo federal, independente da parcela estabelecida por lei que toda estatal sustentável deve destinar para os cofres públicos.
“Após a iminente derrocada do projeto de privatização, teremos um novo desafio nos próximos anos. Haja vista que o malfadado PL 591/21 representou um relevante atraso no desenvolvimento da empresa, pois paralisou iniciativas importantes, em especial para o segmento concorrencial, como a formação de parcerias estratégicas possibilitadas pela Lei 12.490/2011, que alterou o Decreto-lei 509/1969, a exemplo da aquisição de participação acionária e da constituição de joint venture. Além disso, ocasionou transtornos e doenças mentais nos trabalhadores pela insistência do governo federal e dirigentes dos Correios na tentativa assoberbada, descabida e desumana de venda da empresa pública,” diz nota da Adcap.
“Esperamos que o novo governo reconheça a importância dessa instituição secular que são os Correios, pois com uma direção técnica e profissional e um bom plano desenvolvimento, os Correios do Brasil podem multiplicar seu faturamento e seus resultados, além de favorecer o desenvolvimento das empresas brasileiras. É imprescindível que tenhamos os Correios presente e atuante, apoiando os pequenos exportadores e empresários do comercio eletrônico, prestando serviços para os cidadãos menos favorecidos nos pequenos municípios, nas periferias das grandes cidades, também na entrega domiciliar e agências funcionando diariamente,” conclui comunicado da Associação dos Profissionais dos Correios.
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