Diagnóstico precoce do HIV ainda esbarra no preconceito

Dezembro vermelho é o mês dedicado à mobilização contra a AIDS e outras infecções sexualmente transmissíveis, chamando atenção para o número de casos e os desafios que ainda travam o diagnóstico precoce. Existem hoje 38,4 milhões de pessoas no mundo que vive com HIV, e este dado vem crescendo de forma preocupante, com uma média de 1,5 milhão de novos casos por ano. Para garantir o menor impacto do HIV no organismo, evitando a evolução do quadro para a AIDS, a detecção precoce é fundamental

No Brasil, são 50 mil novos casos por ano e 950 mil pessoas vivendo com o HIV, 27% delas sem tratamento e o Ministério da Saúde (MS) estima que mais de 100 mil brasileiros desconheça que possuem o HIV. A doença ainda não tem cura mas as pesquisas avançam cada vez mais. “É importante deixar claro que o prognóstico está diretamente relacionado ao diagnóstico, quanto antes o diagnóstico for realizado e o tratamento iniciado melhores os resultados obtidos,” explica o infectologista, Alexandre Cunha.

“Embora os avanços tecnológicos tenham sido imensos no tratamento da AIDS, os estigmas sociais relacionados a doença ainda se perpetuam na sociedade. Numa tentativa de ignorar a realidade, evita-se fazer o diagnóstico, numa ideia de que só tem a doença quem faz o teste, o que custa caro para a própria pessoa, seus parceiros e para a toda a sociedade, porque sem saber, ela pode estar sendo um agente disseminador do vírus,” revela o psicólogo e especialista em saúde pública, Hugo Cantagalo Couto.

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