Pesquisa explica aumento de complicações nos preenchimentos faciais

De acordo com dados da Aesthetic Medicine Market Size & Growth, elaborado pela empresa americana Grand View Research, o setor de procedimentos estéticos foi avaliado em US$ 99,1 bi no ano passado. E, segundo relatório da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), foram realizados, em 2020, 1.306.902 procedimentos de cirurgia plástica estética no Brasil. A estimativa de crescimento da área entre 2022 e 2030 é de 14,5% no faturamento, sendo que, dentre os tratamentos estéticos, a harmonização facial é uma das maiores responsáveis pelo incremento.

Um dos principais motivos deste aumento é a popularização dos procedimentos estéticos, em especial, no rosto, como o preenchimento facial, que envolve a injeção de uma substância sob a pele (normalmente, o ácido hialurônico) com o intuito de gerar volume e preencher depressões no rosto que costumam aparecer com o envelhecimento. O problema é que, paralelamente, tem crescido também o número de complicações decorrentes destes procedimentos. Um dos principais motivos: muitos especialistas de outras áreas, que não são médicos, ou médicos sem especialização em cirurgia plástica ou dermatologia, estão realizando tratamentos estéticos.

“A maioria dos procedimentos possue, em geral, baixo risco, desde que sejam realizados por médicos com especialização comprovada e com título de especialista nas sociedades regulamentadas pela AMB (Associação Médica Brasileira)”, afirma Luís Maatz, cirurgião plástico, especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e especialista em Reconstrução Mamária pelo Hospital Sírio-Libanês. Foi relatado um total de 47.360 procedimentos de preenchimento facial e 1.032 complicações.

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