Ainda é pouco expressivo, o percentual de empresas que usam o pix parcelado

Uma pesquisa realizada pela empresa de inteligência analítica Boa Vista revela que apenas um terço das companhias dos setores do Comércio, Indústria e Serviços conhece o pix parcelado, enquanto 85% delas nunca ouviram falar no BNPL (Compre agora, pague depois, na sigla em inglês), também conhecido como crediário digital. O Comércio, por sua vez, se desataca como o setor com a maior taxa de conhecimento do pix parcelado (35%). Entretanto, cerca de 88% dos comerciantes alegaram não conhecer o BNPL. Ao mesmo tempo em que a pesquisa ressalta que a pouca aceitação do Pix parcelado é uma consequência do desconhecimento de suas funcionalidades, a predisposição em disponibilizá-lo como uma das opções de pagamento para os clientes é bastante representativa, com 72% das menções.

A pesquisa teve como objetivo identificar o conhecimento e a utilização de novas formas de pagamento oferecidas aos consumidores, em especial o Pix parcelado e o BNPL, este último, muito difundido em países como EUA e Inglaterra e já oferecido por algumas companhias no Brasil, combina diversas formas de parcelamento, incluindo parcelas no cartão de crédito e outras no débito ou pix. “Desde a implementação do pix, em 2020, as tecnologias de pagamentos têm evoluído em ritmo acelerado. Dada essa velocidade, muitos setores da economia ainda não conhecem novas ferramentas e têm demonstrado resistência em sua adesão, muito por conta do desconhecimento dessas funcionalidades”, explica Flávio Calife, economista da Boa Vista.

Foto: Raio-X

Entre os setores analisados, o Comércio registrou a maior predisposição em disponibilizar o pix parcelado (74%), uma taxa maior do que a média geral. Em paralelo, a indústria registrou 73% de predisposição em adotar a ferramenta, enquanto o setor de Serviços registrou 68% das menções. Comparado ao pix parcelado, é maior o desconhecimento sobre o BNPL, e como consequência a não pretensão de adesão da ferramenta. Pouco mais da metade – 51% – das empresas entrevistadas pela Boa Vista alegou que pretende implementar a opção de pagamento. Os setores do Comércio e Serviços já registraram uma pequena taxa de uso do BNPL, com 2% das menções cada.

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