Riscos de novas cepas da covid-19 para idosos e pessoas com comorbidades

Foto: Codata

A presença das novas cepas do coronavírus no Brasil acende um alerta sobre a importância da dose de reforço e o uso de máscaras, especialmente para a população idosa, pessoas com câncer e imunossuprimidos. O médico sanitarista e professor de Epidemiologia e Saúde Pública do Centro Universitário São Camilo, Sérgio Zanetta, comentou sobre o aumento das infecções causadas pela transmissão continuada, que pode afetar principalmente quem não completou o ciclo vacinal e com saúde fragilizada.

Para ele, o Brasil deve buscar novas vacinas, como a Pfizer Bivalente, que tem mais proteção para as variantes novas. Enquanto essas vacinas mais modernas ainda não chegaram ao Brasil, a dose de reforço e o uso da máscara ainda é necessário, como medida contra a doença. A nova linhagem do vírus gera preocupação por sua resistência a anticorpos e capacidade de transmissão. “Foram identificados casos da BQ1 de Norte a Sul do País, do Amazonas ao Rio de Janeiro e se foram identificados em amostras aleatórias é sinal de que a presença deve ser crescente destas variantes”, afirmou.

Segundo Zanetta, a vacina protege 70% dos casos graves, mas 30% das pessoas podem ter a doença e serem levadas a óbito. “O nosso maior problema está nas pessoas que tomam medicações imunossupressoras, as acima dos 65 anos ou muito idosas, os pacientes oncológicos, aqueles com alteração em seu sistema imunológico ou com doenças mais graves associadas. Essas pessoas são especialmente vulneráveis e podem ter quadros graves da covid-19,” concluiu o especialista.

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