O Centro de Atenção Psicossocial (Caps) completa 30 anos em Itabira nesta quinta-feira (27), com uma série de atividades e interações com a comunidade, entre pacientes e convidados. O evento ocorre na sede, na avenida Cauê, 954, bairro Campestre. A que começou há três décadas, tornou-se pioneira em Minas, no serviço de assistência a pacientes com transtornos mentais. Até então, em 1992, os descompensados eram atendidos e internados em hospitais psiquiátricos, chamados de manicômios, ou instituições filantrópicas beneficentes. Atualmente, os Caps são sólidos e respeitados, no tratamento de pessoas com diferentes tipos de transtornos mentais, de forma humanizada e acolhedora.
![](https://euclideseder.com.br/wp-content/uploads/2022/10/Caps-Equipe-1-300x225.jpeg)
Jacira Silva (Diretora de Saúde Mental), e Darlene Reis (Gerente do CAPS Adulto)
Os Caps são unidades de saúde abertas, voltadas para pessoas com sofrimento psíquico comum (sensações como, ansiedade, tristeza e aromatizações), ou o próprio transtorno mental, incluindo os dependentes de álcool, drogas ilícitas, e outras substâncias, em crise, ou passando por processos de reabilitação. Os estabelecimentos contam com equipes multiprofissionais, com diferentes intervenções e estratégias, como: psicoterapia, psiquiatria, terapia ocupacional, oficinas terapêuticas, medicação assistida, atendimentos familiares e domiciliares, além de encaminhamentos para internação de pacientes em leitos retaguardas do Sistema Único de Saúde (SUS), se necessário.
![](https://euclideseder.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Capsi-300x111.jpg)
Sede Capsi
Em Itabira, há 30 anos um grupo de profissionais do serviço de Saúde Mental de Itabira, acolhe usuários e familiares engajados na luta antimanicomial, possibilitando a melhoria do paciente com transtorno mental, com conforto, humanidade, inclusão adequados e apropriados, em liberdade, bem como, o recebimento de suas famílias, conforme explica, Jacira Helena da Silva, diretora do Caps Itabira, enfermeira e servidora efetiva com 16 anos de atuação. “O Caps surgiu como uma proposta nova de tratamento aos pacientes com transtornos mentais, o segundo em Minas Gerais. No início o Centro funcionou no ambulatório da Policlínica, e depois em uma casa alugada no bairro Pará,” revela a diretora.
![](https://euclideseder.com.br/wp-content/uploads/2021/05/Caps-4-300x214.jpg)
Centro de Convivência- InterAgir
“A sede do Caps Adulto está em prédio próprio doado pela Vale, e temos outros locais de acolhimento: o Caps Infantojuvenil inaugurado em 2006, o AD (Álcool e Drogas), iniciado em 2017, o Centro de Convivência- InterAgir, próximo ao Pronto Socorro Municipal de Itabira (PSMI) em funcionamento a partir de fevereiro de 2020, além de seis leitos de retaguarda para os pacientes em crise no Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD). Surge agora uma nova proposta, o Caps em funcionamento em regime de 24h/dia, para acolher os pacientes em tempo integral. É importante lembrar que a proposta do CAPS foi construída por muitas mãos, do desejo de usuários e equipe multiprofissional muito comprometida,” comemorou Jacira Silva.
Ela destacou profissionais importantes que atuam, ou já colaboraram com a ferramenta, tornando referência para muitas outras cidades, e permitindo a reinserção social das pessoas que estão em tratamento. “Os psicólogos Marcelo Amorim do Amaral Castro e Lúcio Vaz Sampaio, o psiquiatra Vinícius Braga Martins da Costa, e o técnico de enfermagem, Mário Macedo de Lourdes. A vontade de dar melhor qualidade de tratamento aos usuários do serviço de saúde mental, em liberdade e no seu município, fez com que o Caps se tornasse a referência que é! Manicômio nunca mais. Todos são sempre dedicados e muito empenhados em manter a unidade funcionando, e sem eles nada seria possível,” destaca Jacira Silva.
Deixe um comentário