O Centro de Atenção Psicossocial (Caps) completa 30 anos em Itabira nesta quinta-feira (27), com uma série de atividades e interações com a comunidade, entre pacientes e convidados. O evento ocorre na sede, na avenida Cauê, 954, bairro Campestre. A que começou há três décadas, tornou-se pioneira em Minas, no serviço de assistência a pacientes com transtornos mentais. Até então, em 1992, os descompensados eram atendidos e internados em hospitais psiquiátricos, chamados de manicômios, ou instituições filantrópicas beneficentes. Atualmente, os Caps são sólidos e respeitados, no tratamento de pessoas com diferentes tipos de transtornos mentais, de forma humanizada e acolhedora.
Os Caps são unidades de saúde abertas, voltadas para pessoas com sofrimento psíquico comum (sensações como, ansiedade, tristeza e aromatizações), ou o próprio transtorno mental, incluindo os dependentes de álcool, drogas ilícitas, e outras substâncias, em crise, ou passando por processos de reabilitação. Os estabelecimentos contam com equipes multiprofissionais, com diferentes intervenções e estratégias, como: psicoterapia, psiquiatria, terapia ocupacional, oficinas terapêuticas, medicação assistida, atendimentos familiares e domiciliares, além de encaminhamentos para internação de pacientes em leitos retaguardas do Sistema Único de Saúde (SUS), se necessário.
Em Itabira, há 30 anos um grupo de profissionais do serviço de Saúde Mental de Itabira, acolhe usuários e familiares engajados na luta antimanicomial, possibilitando a melhoria do paciente com transtorno mental, com conforto, humanidade, inclusão adequados e apropriados, em liberdade, bem como, o recebimento de suas famílias, conforme explica, Jacira Helena da Silva, diretora do Caps Itabira, enfermeira e servidora efetiva com 16 anos de atuação. “O Caps surgiu como uma proposta nova de tratamento aos pacientes com transtornos mentais, o segundo em Minas Gerais. No início o Centro funcionou no ambulatório da Policlínica, e depois em uma casa alugada no bairro Pará,” revela a diretora.
“A sede do Caps Adulto está em prédio próprio doado pela Vale, e temos outros locais de acolhimento: o Caps Infantojuvenil inaugurado em 2006, o AD (Álcool e Drogas), iniciado em 2017, o Centro de Convivência- InterAgir, próximo ao Pronto Socorro Municipal de Itabira (PSMI) em funcionamento a partir de fevereiro de 2020, além de seis leitos de retaguarda para os pacientes em crise no Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD). Surge agora uma nova proposta, o Caps em funcionamento em regime de 24h/dia, para acolher os pacientes em tempo integral. É importante lembrar que a proposta do CAPS foi construída por muitas mãos, do desejo de usuários e equipe multiprofissional muito comprometida,” comemorou Jacira Silva.
Ela destacou profissionais importantes que atuam, ou já colaboraram com a ferramenta, tornando referência para muitas outras cidades, e permitindo a reinserção social das pessoas que estão em tratamento. “Os psicólogos Marcelo Amorim do Amaral Castro e Lúcio Vaz Sampaio, o psiquiatra Vinícius Braga Martins da Costa, e o técnico de enfermagem, Mário Macedo de Lourdes. A vontade de dar melhor qualidade de tratamento aos usuários do serviço de saúde mental, em liberdade e no seu município, fez com que o Caps se tornasse a referência que é! Manicômio nunca mais. Todos são sempre dedicados e muito empenhados em manter a unidade funcionando, e sem eles nada seria possível,” destaca Jacira Silva.
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