Cordão umbilical de recém-nascidos pode ser doado e salvar vidas

O material é rico em células-tronco e é uma alternativa para o transplante de medula óssea

No próximo sábado (8), é celebrado o Dia Nacional da Doação de Cordão Umbilical. Apesar de ser uma data ainda pouco conhecida, pode se tornar uma importante estratégia de mobilização para salvar vidas. A doação é uma alternativa para complementar o baixo número de transplantes de medula óssea no país. A médica hematologista Polyana Pontes, referência em assistência para gestantes de alto risco, explica que o sangue encontrado dentro do cordão umbilical, que liga a criança à placenta da mãe, é rico em células-tronco hematopoéticas.

“São células que tem a capacidade de se autorrenovar e servem para o tratamento – por meio de transplante de medula óssea – de algumas doenças hematológicas e imunológicas que podem ser benignas ou malignas, como anemias, linfomas e leucemias”, afirma a hematologista. Segundo o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), do Instituto Nacional do Câncer (Inca), há no Brasil, atualmente, 650 pacientes em busca de doador de medula óssea.

Até julho deste ano, apenas 190 pessoas tinham conseguido realizar o procedimento, que consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais, visando a reconstituição de uma nova medula. A doação do sangue do cordão umbilical pode ser feita por gestantes aptas que atendam critérios específicos, como ter idade entre 18 e 36 anos, ter feito no mínimo duas consultas de pré-natal documentadas, estar com mais de 35 semanas no momento da coleta e não possuir, no histórico médico, câncer ou anemias hereditárias.

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