O Parque Estadual Mata do Limoeiro em Ipoema, está sendo consumido pelo maior incêndio que atingiu a área de proteção ambiental, nos últimos noves anos. O diagnóstico é de Alex Amaral Oliveira, gerente da unidade de conservação do Instituto Estadual de Florestas (IEF). As chamas foram detectadas na tarde de domingo (11), e o combate começou em seguida, com a mobilização de três equipes de brigadistas. O trabalho foi interrompido no final do dia, e retomado nas primeiras horas desta segunda-feira (12).
“O incêndio ganhou uma força muito grande, que nossas forças de combate, com instrumentos e equipamentos, não estavam sendo suficientes. Optamos em às 22h interromper o combate, e retornar agora, às 4h. Temos três equipes combatendo o fogo, e posso adiantar que, pelo histórico de nossa atuação, esse já é sem dúvidas o maior incêndio que percebi aqui, nos últimos nove anos, o que é muito preocupante, porque perdemos muito a biodiversidade”, revela Alex Amaral. O prejuízo é incalculável para a flora e a fauna da região.
São três linhas de combate em atuação, na área territorial do Parque Estadual Mata do Limoeiro. Os técnicos na unidade de conservação do IEF ainda não puderam calcular o perímetro atingido pelo fogo. “O combate está sendo com a experiência dos brigadistas. No dia 11 com 12 brigadistas, e hoje (12) com 25 combatentes, do IEF, da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Anda) e do Parque Municipal Alto do Rio Tanque, de Serra dos Alves”, explica o gerente do Parque Estadual.
Os brigadistas estão se deslocando em três veículos, e usando um caminhão-pipa cedido pela Prefeitura de Itabira. Apesar dos esforços no combate ao fogo, é fundamental saber a origem e a motivação, se intencional ou por imprudência. Para essa apuração são necessárias denúncias feitas pela população. Os canais são: 0800 283 2323 (Previncêndio), 193 (Corpo de Bombeiros), e 3839-2829 (Parque Estadual Mata do Limoeiro). “Denunciar seria o ideal, por esses números ou à Polícia. Isso já vai estar ajudando demais, ” diz Alex.
“Já registramos fuga de animais, como lobos tentando escapar do fogo, e muitas espécies mortas, queimadas, porque não conseguiram escapar, como: cobras, pássaros, coelhos, tatus, alguns deles atropelados ao entrar nas estradas. Isso é triste e muito preocupante. Nesse momento queremos sensibilizar, e chamar a atenção da sociedade para esse problema. As pessoas devem saber do poder em criticar essa ação, e denunciar. Isso é fundamental nesse momento, ” concluiu o gerente da unidade de conservação do IEF.
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