Os 1.824 hospitais filantrópicos espalhados pelo Brasil mantêm os atendimentos à população com dificuldade extrema diante da falta de recursos e defasagem de quase duas décadas da tabela do SUS (Sistema Único de Saúde). A situação, agora, sofre agravante, com a lei que instituiu o Piso Nacional da Enfermagem, o que aumentará em mais R$ 6,3 bilhões por ano os custos dessas instituições. Diversas entidades de saúde recorreram ao STF (Supremo Tribunal Federal) questionando a constitucionalidade da determinação.
Levantamento feito pela CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas) mostra o impacto, por estado, do incremento anual que a determinação acarretará ao setor filantrópico. Em Minas Gerais os custos ultrapassam R$ 1,1 bilhão, o que equivale ao aumento de 103%. A capital contra com a Santa Casa de Misericórdia, com o custo operacional de R$ 3,7 milhões mensais apenas para o pagamento de 2.502 profissionais de enfermagem.
“Os hospitais filantrópicos são a maior rede hospitalar do SUS, mesmo acumulando décadas de subfinanciamento, assumindo dívidas para bancar uma conta que não é sua, mas do sistema, tudo para não deixar de assistir aos brasileiros. Já abatidos pela maior crise de saúde pública da história, com a pandemia da covid-19, as instituições agora sofrem com essa lei, que pode significar a pá de cal para as entidades que protagonizam o SUS no Brasil”, diz o presidente da CMB, Mirocles Véras.
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