Fraturas no punho, como a que ocorreu com a cantora Ivete Sangalo, na última semana, em uma queda de esqui, são bem comuns já que, ao cair, um dos mecanismos automáticos de defesa é espalmar a mão no chão com o peso do corpo indo para o punho. Dependendo da fratura, procedimento cirúrgico é necessário, como no caso da artista. “Foi uma dor insuportável… Fomos ao médico e lá estava constando que mainha tinha quebrado o bracinho, fratura no meu punho. Graças a Deus, deu tudo certo”, postou em suas redes sociais.
O tratamento cirúrgico é indicado para os casos das fraturas consideradas instáveis, onde não se consegue um posicionamento adequado dos ossos ou quando a fratura causa desvios na articulação, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), Dr. Samuel Ribak. “Fraturas descoladas e complexas, principalmente em pacientes jovens, podem necessitar de cirurgia. Esse tipo de lesão no punho consolida, em média, em seis semanas. Quando o tratamento é não cirúrgico, o paciente permanece imobilizado com gesso acima do cotovelo por quatro semanas e, nas duas restantes, é colocada uma luva gessada”, diz o especialista.
Segundo o presidente da SBCM, o rádio é o osso do antebraço mais importante na região do punho, a chamada extremidade distal. “As fraturas distais do rádio são muito comuns, correspondendo de 10% a 20% das fraturas atendidas em serviços de pronto atendimento de traumatologia”, diz Ribak. O médico pontua que existem diferentes tipos de fraturas do rádio distal, sendo a mais frequente a chamada fratura de “Colles” (médico inglês que fez a descrição original da lesão), que ocorre quando o impacto sobre a mão causa o deslocamento do punho para trás (região dorsal), ficando a região em forma de garfo de prata.
Há também as fraturas intra-articulares, quando os fragmentos se estendem até a articulação, e as fraturas expostas, quando o osso fraturado rompe a pele e há comunicação do local da fratura com o meio externo. “As fraturas expostas precisam de tratamento médico especializado de forma urgente, pelo risco de infecção e sequelas definitivas”, salienta Ribak. “As fraturas de punho merecem atenção especial, com avaliação de um especialista em cirurgia da mão para melhor cuidar destes casos tão frequentes”, conclui o presidente da SBCM.
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