Especialista da FSFX explica que esclerose múltipla é desconhecida pela maioria

Foto: Epaseal Saude

Com cerca de 2,8 milhões de casos no mundo e mais de 40 mil no Brasil, de acordo com a Federação Internacional de Esclerose Múltipla, a enfermidade neurológica ocorre quando as células de defesa do organismo agridem o próprio sistema nervoso central. O especialista da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), Dr. Rafael Ferreira explica sobe a doença, desconhecida pela maioria dos brasileiros.

“A Esclerose Múltipla ocorre por uma falha no sistema imunológico, em que as células de defesa do nosso corpo passam a atacar algumas regiões do cérebro, causando inflamações. Estas lesões afetam principalmente a bainha de mielina, uma capa protetora que reveste os neurônios, comprometendo o funcionamento normal do cérebro”, explica o neurologista e neurofisiologista da FSFX.

Rafael Ferreira

Para conscientizar sobre a doença, levar informações à população, o mês de agosto traz à tona a Campanha Agosto Laranja para desmistificar a condição crônica da doença e incentivar o diagnóstico precoce na busca de mais qualidade de vida para quem convive com a doença. Os sintomas mais comuns são: alterações na visão e no equilíbrio corporal, formigamento ou falta de sensibilidade, e redução na mobilidade ou locomoção.

A doença não tem cura, mas se diagnosticada precocemente, aliada ao tratamento correto, tem grande possibilidade de controle, para garantir melhor qualidade de vida ao paciente. Ao contrário do senso comum, de que é uma doença de idosos, a esclerose múltipla pode acometer adultos jovens, principalmente mulheres entre 20 e 40 anos de idade. Depois de doenças neurológicas decorrentes de traumas em acidentes, é a maior causa de incapacidade neurológica em adultos jovens.

A forma mais comum é a esclerose múltipla recorrente, que acomete cerca de 85% dos diagnosticados. Essa forma apresenta sinais ou sintomas novos ou agravados, seguidos de períodos de recuperação. A esclerose múltipla primária progressiva é o tipo mais agressivo e acomete aproximadamente 15% dos pacientes. A forma mais debilitante é marcada por sintomas que se agravam de forma constante, sem recorrências ou períodos de remissão.

O médico explica que, assim como o câncer, os estudos para a esclerose múltipla estão bem evoluídos. “A notícia boa é que os tratamentos estão cada vez mais avançados. Atualmente, há diversas opções de medicamentos e a maioria é fornecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde. Estes medicamentos são capazes de retardar a progressão ou até paralisar a doença. Comprimidos e injeções subcutâneas ou venosas podem ser administrados com eficiência”, conclui.

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