A retirada das amígdalas, também chamada de amigdalectomia, é um procedimento comum e criterioso. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Renato Roithmann, essa cirurgia está entre as mais realizadas pelos especialistas em Otorrinolaringologia. “A remoção das amígdalas é comum em qualquer idade e é segura, desde que seja feita uma boa avaliação pré-operatória, e sejam tomados cuidados durante a cirurgia e no pós-operatório “, afirma Roithmann.
Localizadas na região da faringe, as amígdalas – ou tonsilas palatinas, segundo o nome científico – são pequenos órgãos que têm a função de produzir linfócitos (as células de defesa), enquanto o organismo ainda está se desenvolvendo. Em muitos casos, a sua extração é benéfica à saúde e à qualidade de vida, eliminando infecções recorrentes, como amigdalites, e resolvendo quadros de ronco e apneia do sono.
A indicação de retirada das amígdalas é classificada pelos médicos em duas categorias: as inquestionáveis, para situações em que as amígdalas possuem um tamanho muito grande, causando obstrução na passagem de ar ou dificuldade de deglutição, ou quando há suspeitas de doenças graves, como tumores; e as indicações relativas, que necessitam discussão e avaliação de cada caso. Nesse último grupo, entram as ocorrências de infecções de repetição por bactérias, como as amigdalites.
De acordo com Roithmann, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu um critério que define que, independente da idade, os indivíduos que tiveram 3 infecções bacterianas por ano em 3 anos consecutivos, ou 5 infecções bacterianas por ano em 2 anos consecutivos ou 7 infecções no período de um ano, possuem um cenário clínico favorável para discutir a retirada das amígdalas. A orientação preconizada pela OMS também é adotada pela ABORL-CCF.
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