Itabira exige ampliação nas viagens de coletivos e passagem mantida à R$ 4,40

A Prefeitura de Itabira vai enviar à Câmara de Vereadores, um projeto de lei que autoriza o município a pagar parte do preço da passagem de ônibus e assim evitar que o itabirano coloque a mão no bolso para arcar com um aumento da tarifa, que passaria a custar R$ 5,85. Na prática, a lei, quando aprovada, vai congelar o valor da passagem de ônibus em R$ 4,40 (R$ 4,30 no cartão), em vigor desde março de 2020.

O projeto também vai listar contrapartidas a serem impostas à empresa responsável pelo serviço, como a ampliação do número de viagens durante os dias úteis e finais de semana. A Prefeitura de Itabira se baseia em um estudo elaborado por consultoria especializada, o mesmo utilizado pelo Conselho Municipal de Transportes e Trânsito para aprovar o aumento da tarifa nesta quarta-feira (13).

Os técnicos avaliaram as planilhas apresentadas pela operadora do sistema de transportes, com custos fixos e variáveis, para chegar ao novo valor. Foi estabelecida pela consultoria uma fórmula para calcular o subsídio. A matemática leva em consideração a quilometragem mensal dos veículos e a demanda pelo serviço. A partir daí, chegou-se a um valor em torno de R$ 585 mil, que poderá variar mensalmente de acordo com os dados operacionais de cada mês.

Marco Antônio Lage

“O cidadão não pode pagar essa conta do aumento de passagem. Sabemos como a realidade econômica está difícil depois da pandemia e o quanto um aumento poderia impactar no bolso do cidadão. Ou no bolso do empresário que fornece vale-transporte aos seus funcionários. Daí a determinação de conceder o subsídio ao usuário e impedir que ele pague mais quando cruzar a roleta do ônibus”, afirma o prefeito Marco Antônio Lage.

Os repasses estão previstos para ocorrer entre agosto de 2022 e fevereiro de 2023, quando termina o atual contrato com a operadora do transporte público. A Prefeitura exige a ampliação do número de viagens. Estudo elaborado pela Superintendência de Trânsito e Transportes (Transita) estabelece a necessidade de acrescer até 765 novas viagens por semana no transporte público municipal.

Flávio Raimon

As viagens em dias úteis seriam ampliadas em 16%; aos sábados, em 53%; e, aos domingos, em 77%. “Pesquisa realizada com os usuários do transporte coletivo em junho aponta que o cumprimento de horário e a lotação dos veículos são as principais queixas contra o serviço. Com esta proposta, a gente visa atacar esse gargalo para melhorar a qualidade do serviço oferecido”, esclarece o superintendente da Transita, Flávio Raimon.

Outra exigência é a informatização do serviço, inclusive com possibilidade de acompanhamento em tempo real dos dados pela Transita, que conseguirá monitorar a quilometragem, quantidade de passageiros e localização. A tecnologia também permitirá o retorno do aplicativo para que o usuário acompanhe os horários e trajetos dos ônibus.

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