Falar em risco de ataque cardíaco nem sempre leva as pessoas a considerarem que o problema pode acontecer em qualquer lugar. Uma parada pode acontecer em casa, num restaurante, no shopping, e, para muitos brasileiros, grandes chances desse mal estão no trabalho. Isso porque muitos trabalhadores passam mais tempo no emprego do que em casa. Aliado ao estresse e à rotina acelerada, é possível pensar que o ambiente laboral representa uma possibilidade considerável de sediar uma parada cardíaca, visto os acidentes de trabalho que podem ocorrer e muitos acidentes podem culminar numa parada cardíaca.
Por isso, é importante que os colaboradores conheçam os sinais de ataque do coração e tenham o mínimo de preparo para socorrer uma pessoa que esteja sofrendo esse mal no ambiente. “Quanto mais os funcionários conhecerem os sintomas, maiores as chances de realizar procedimentos que reduzam os riscos de sequelas ou mesmo de morte. Para cada minuto que se passa após uma parada, a chance de vida diminui entre 7% e 10%. Cada segundo é precioso”, é o que explica o médico geriatra Marco Antônio Marques Félix, instrutor de Suporte Avançado de Vida pela American Heart Association e consultor da Cmos Drake, empresa fabricante de desfibriladores cardíacos há mais de 30 anos.
“O primeiro passo, no ambiente empresarial, é alguém acionar rapidamente o Samu enquanto outra pessoa verifica o estado da vítima. Se ela estiver respirando e aparentemente respondendo a todos os estímulos, tranquilize-a e coloque-a numa posição confortável.”, orienta o médico. “Mas caso observe que a vítima não esteja respirando e não esteja respondendo aos estímulos, inicie a conhecida massagem cardíaca, que são as compressões torácicas, e solicite o desfibrilador externo automático o mais rápido possível, para prestar o atendimento inicial da vítima. O equipamento é capaz de diagnosticar e emitir choques elétricos para que os batimentos cardíacos estejam novamente regulados” sustenta Félix.
Outra orientação do consultor da Cmos Drake é não oferecer nenhum tipo de alimento ou bebida ao paciente antes de ele receber socorro, e evitar ao máximo submetê-lo a algum esforço físico. Ele também recomenda afrouxar as roupas do paciente, retirando os cintos e os calçados e outros acessórios que possam dificultar seu conforto e sua respiração. “Ignorar as chances de uma parada cardíaca ocorrer no ambiente do trabalho é a pior medida que se pode tomar. Trabalhar com uma margem de risco de um problema cardíaco pode ser significativo dentro de uma empresa”, alerta.
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