A data: nove de julho é reservada no calendário anual para o Dia Nacional de Alerta Contra a Insuficiência Cardíaca (IC), também conhecida como a doença do coração fraco. A IC acomete mais 26 milhões de pessoas no mundo e mata três vezes mais do que o câncer de próstata e de mama, por exemplo. Diante desse cenário, o Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), membro brasileiro do Global Heart Hub – que é a primeira organização global sem fins lucrativos criada para dar voz às pessoas afetadas por doenças cardiovasculares –, lançará em agosto o estatuto para pacientes portadores de IC. O Documento, elaborado pela organização global, contou com participação atuante do Instituto LAL e trará informações específicas sobre o cenário da cardiopatia no Brasil.
Marlene Oliveira, presidente do LAL, afirma que o estatuto será de grande importância para traçar um panorama atual sobre a situação da IC em âmbito nacional. “O Brasil será um dos três países que, inicialmente, lançarão o estatuto personalizado com dados locais, juntamente com a Austrália e os Estados Unidos. As informações nortearão o nosso trabalho no combate à doença e na proposição de políticas públicas voltadas aos pacientes”, explica Marlene. De acordo com Ariane Macedo, médica cardiologista e membro do Comitê Científico do LAL, o infarto do miocárdio é uma das causas mais comuns da insuficiência cardíaca, porém a hipertensão, o diabetes, as valvopatias, histórico de doenças cardíacas na família, a doença de chagas e o uso abusivo de álcool são considerados fatores de risco.
“A IC é caracterizada pela dificuldade do coração em bombear o sangue para corpo, de maneira efetiva, impossibilitando o transporte adequado do oxigênio para órgãos e tecidos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria das mortes por insuficiência cardíaca poderia ser evitada com mudanças no estilo de vida e consequente prevenção de doenças cardíacas como, por exemplo, o infarto do miocárdio, que pode evoluir para o enfraquecimento do músculo do coração, gerando a IC. É fundamental que as pessoas tenham conhecimento sobre a gravidade da IC, para atuarem na prevenção de uma doença tão séria. A orientação é que a ida ao cardiologista seja regular e a realização de exames seja periódica, principalmente, por aqueles que convivem com alguma enfermidade crônica”, explica a cardiologista.
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