Ficar exposto a hormônios, especificamente o estrogênio, pode aumentar o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama ao longo da vida. Por outro lado, os hormônios também podem reduzir as chances da doença. Ao menos é que aponta uma pesquisa realizada pela University Boonshoft de Medicina, em Dayton, nos Estados Unidos.
O estudo acompanhou mais de mil mulheres por 10 anos em suas rotinas cotidianas. Os dados coletados constataram uma surpresa para a comunidade médica. Isso porque as individuas que faziam o uso da testosterona não desenvolveram o câncer de mama, o que fez os pesquisadores acreditarem que este hormônio possa diminuir as chances de acometimento da doença.
Mas qual a relação direta entre hormônios e o câncer de mama? A médica pós-graduada em endocrinologia, com curso de endocrinologia avançada pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos, Dra. Sarina Occhipinti, explica que ao longo da vida as mulheres são expostas aos hormônios que elas mesmas fabricam e muitas aumentam essa exposição, usando hormônios de forma artificial e desnecessária.
“Da sua primeira menstruação até o início da menopausa, o estrogênio e a progesterona estimulam as células mamárias normais. Quando uma mulher decide por métodos contraceptivos hormonais, ela aumenta essa exposição e o risco para câncer de mama também eleva. Ao chegar na menopausa, ela pode fazer uso de hormônios para reposição de estrogênio e progesterona. Porém, se ela demora para fazer isso, o uso tardio desses hormônios pode também aumentar seus riscos de câncer mamário”, contextualiza a especialista.
O câncer de mama atualmente é o mais comum entre pacientes femininas. Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) foram identificados 66.280 casos desta anomalia apenas em 2020, o que representa 29,7% dos diagnósticos de câncer no Brasil. Em segundo aparece o câncer de cólon e reto, com 20.470 ocorrências ou 9,2% dos casos.
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