Avanços no cenário econômico, mas situação ainda é desafiadora, diz empresário do ramo

José Maurício Caldeira

Vários indicadores econômicos estão positivos, mas incerteza deverá dar o tom do segundo semestre

Nas últimas semanas, foram divulgados vários dados econômicos positivos. A começar pelo Produto Interno Bruto (PIB), que mede o estado geral da economia do país. No primeiro trimestre do ano, o indicador aumentou 1% em comparação com o trimestre anterior puxado, sobretudo pelo setor de serviços que tem maior peso econômico e cresceu na esteira da abertura das atividades. “Os três primeiros meses do ano foram fortes, o arrefecimento da pandemia deu dinamismo à economia”, diz o empresário José Maurício Caldeira.

Ao lado do PIB, outros números ilustram esta situação. O desemprego recuou para 10,5% no trimestre encerrado em abril, surpreendendo positivamente o mercado que esperava uma taxa de 10,9%. É a menor marca para o período desde 2015 (8,1%), quando a economia amargava recessão, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume de vendas no comércio cresceu em maio pelo terceiro mês consecutivo, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O resultado, considerado inesperado pela CNC, tem relação com a recuperação do fluxo de consumidores nas lojas físicas em função da redução dos casos da covid-19 e da abertura econômica. Os comerciantes estão otimistas com os próximos meses, apesar da inflação e dos juros altos. Em maio, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) chegou aos 120 pontos, maior patamar desde dezembro de 2021. A confiança dos pequenos comerciantes foi o destaque positivo do mês.

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