Em 2022, cerca de 100 mil pessoas já ficaram sem luz por causa de incêndios

Grande mortalidade de animais, danos à saúde das pessoas e diversos outros prejuízos para toda a população. Esse geralmente é o resultado trazido pela prática das queimadas que, além dos problemas já citados, causam um outro transtorno que ninguém deseja: grandes interrupções de energia para os clientes da Cemig. Somando os quatro primeiros meses deste ano, cerca de 100 mil pessoas tiveram o fornecimento de energia afetado por queimadas em todo o Estado.

O gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Cemig, João José Magalhães Soares, explica que grande parte dos focos de incêndio é causada por ação humana. “Por isso, a companhia procura reduzir os desligamentos provocados por queimadas que atingem o sistema elétrico alertando a população a respeito dos riscos e consequências dessa prática, que é mais comum nesta época do ano, caracterizada por baixa umidade e vegetação seca”, explica.

Em levantamento realizado pela Cemig apontou que cerca de 20 mil clientes (unidades consumidoras) ficaram sem energia entre janeiro e abril de 2022, após 34 interrupções causadas por focos de incêndio serem registradas na área de concessão da empresa no quadrimestre. No mesmo período do ano passado, foram cerca de 30 mil clientes sem energia após incêndios atingirem a rede elétrica, sendo registradas 32 interrupções causadas pelo fogo na área de concessão da empresa. Considerando todo o ano de 2021, foram 936 ocorrências registradas, totalizando 738.140 clientes afetados por queimadas.

Ainda segundo João José Magalhães Soares, o aquecimento dos cabos e equipamentos da rede elétrica pode levar ao desligamento de linhas de transmissão, linhas de distribuição e subestações, bem como causar graves acidentes com pessoas que estão próximas a estas áreas. “Um dos maiores desafios para as equipes de campo é chegar ao local da ocorrência para fazer o reparo. Normalmente, são locais de difícil acesso e em áreas muito amplas. Além disso, levar estruturas pesadas, como torres e postes, em áreas acidentadas torna ainda mais desafiadora à manutenção das redes prejudicadas pelas queimadas”, conta o gerente da Cemig.

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