
Imagem noturna a fachada da Santa Casa na capital
O furto de cabos de cobre é um crime que tem gerado grande número de ocorrências na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e causado transtornos para as empresas públicas que ofertam serviços essenciais à sociedade, como a Cemig e a Copasa, e, principalmente, para a população. Nos últimos meses, por exemplo, ações criminosas desta natureza provocaram a interrupção da energia, colocando em perigo centenas de pessoas em hospitais da cidade e deixando sem água consumidores de algumas regiões.
No mês de março, uma ocorrência de tentativa de furto de cabos em uma galeria subterrânea, registrada no Hospital das Clínicas, na Região Hospitalar da capital mineira, causou um curto-circuito no cabeamento interno e atingiu a rede subterrânea da Cemig. O fato acabou gerando a interrupção de energia em certos pontos da região, atingindo a unidade e outros hospitais localizados no entorno. Em razão do ocorrido, cirurgias precisaram ser desmarcadas e o atendimento foi reduzido até que a situação fosse totalmente restabelecida.
“Só nos últimos três anos, a Cemig teve cerca de 20 quilômetros de cabos de cobre da sua rede subterrânea furtados no hipercentro de Belo Horizonte, ocasionando um prejuízo financeiro estimado, aproximadamente, em R$3,3 milhões. Na primeira quinzena de março, já somávamos quase dois quilômetros de cabos furtados e um prejuízo de R$100 mil aproximadamente. O furto de cabos pode deixar hospitais sem luz, trânsito sem sinalização e comércios sem poder funcionar”, ressaltou o técnico da Rede Subterrânea da Cemig, Felipe Martins.
“No ano passado, a gente observava uma média de nove furtos de cabos por mês e, agora, neste início de ano, estamos com uma média de 11 furtos de cabos por mês. Só entre março de 2021 e 2022, a Além do dano ao abastecimento, o crime também onera os cofres da Copasa. Nos últimos 12 meses, a empresa gastou, aproximadamente, R$ 2 milhões para reparar os estragos provocados e restabelecer as redes de abastecimento de água”, segundo o gerente da Unidade de Controle Operacional da Copasa, Rodrigo Ferreira Coimbra e Silva.
Além dos transtornos causados pelas ocorrências no sistema elétrico, o furto de fios de cobre pode causar acidentes graves, provocando ferimentos irreversíveis como amputações de membros ou, até mesmo, levar a morte. A rede de média tensão subterrânea da Cemig trabalha com mais de 13 mil volts e a de responsabilidade do cliente com até 220 volts. Confira o levantamento de dados de furtos de cabos na rede da Cemig:
Ano | Quantidade de cabos furtados – Cemig | Prejuízo financeiro – Cemig |
2019 | 7,13 km | R$ 1,2 milhão |
2020 | 6,75 km | R$ 1,1 milhão |
2021 | 6 km | R$ 1 milhão |
2022 (01/01 até 15/03) | 1,72 km | R$ 99 mil |
Total | 21,6 Km | R$ 3,4 milhões |
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