Violência contra a mulher: começam treinamentos de preparação para comércio reagir

Rose Félix afixando o cartaz

Na tarde de segunda-feira (28), ocorreu no auditório da Associação Comercial, Industrial de Serviços e Agropecuária de Itabira (Acita) o primeiro treinamento de uma série, que pretende adaptar os comerciantes do ramo de bares, casas de show, restaurantes e demais estabelecimentos, a identificar, prevenir e atuar se necessário, em casos de violência contra as mulheres. A demanda surgiu depois da promulgação da lei municipal em 2021, obrigando os estabelecimentos a adotarem medidas de segurança para mulheres que se sintam vulneráveis.

Palestra na Acita

Os bares e restaurantes devem afixar avisos nos banheiros e em pelo menos mais um local, visível a todos os clientes, confeccionado ou não pelo proprietário com os seguintes dizeres: “Silêncio esconde violência! Violência, assédio, abuso e exploração são crimes contra a mulher. Denuncie! Disque 180”. No sábado (26) a vereadora autora do Projeto de Lei, Rosilene Félix “Rose” afixou o primeiro cartaz, em um estabelecimento comercial na avenida Duque de Caxias, bairro Esplanada da Estação. No treinamento cartazes foram fornecidos aos comerciantes para repetir o ato.

A palestra foi com a advogada Juliana Drummond, membro da Comissão Municipal de Enfrentamento a Violência Doméstica e Sexual de Itabira. Ela apresentou dados, e mostrou como o empresário e seus colaboradores devem agir ao suspeitar de um comportamento, o que fazer ao notar situação de risco, e até, sobre a importância acompanhar a mulher até o veículo, local de embarque de transporte público ou particular, e prestar assistência junto à órgãos de proteção. A palestrante ainda destacou que o bar ou restaurante, ao agir assim, pode ser conceituado como local seguro para as mulheres.

Juliana Drummond

“É o primeiro treinamento sobre essa lei para bares e restaurantes, que precisam disponibilizar assistência à mulher que está sendo vítima de violência, para que volte para casa em segurança. A observação é muito importante e evita muitos inconvenientes, até para o próprio estabelecimento, por que esse olhar atento do garçom e do atendente sobre a vítima constrangida, ameaçada ou importunada, além de inibir atos, torna o local acolhedor na proteção das mulheres, inclusive atraindo o público feminino. E também evita danos a imagem dos estabelecimentos, e ao patrimônio”, disse Juliana Drummond.

“Aproveitamos o evento da OAB sobre o tema Violência Contra as Mulheres para afixar o cartaz, e que o mesmo ocorra em outros bares da cidade”, afirmou Rose Feliz, dia 26 de março. “É necessário observar os pequenos sinais da violência. Se às vezes bebeu demais, ou foi vítima de dopagem por pessoas de má índole, terão o acolhimento necessário, mantendo sua integridade física e psicológica”, concluiu a responsável pelo treinamento. Para comerciantes interessados na qualificação, o ponto de apoio é o Centro de Referência Especializado em Atendimento à Mulher (Cream) no prédio da Secretaria de Assistência Social de Itabira.

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