Esse ano, devido à pandemia, não houve eventos patrocinados por erário público para comemorar o Carnaval, porém, festas particulares, encontro de amigos em sítios da área rural, reuniões em bares e afins, bailes funk, shows em boates e casas noturnas, foram alvo de fiscalização dos agentes de proteção da vara da infância e da juventude, do Fórum Desembargador Drummond. Os Comissários, como são conhecidos, acompanhados da Polícia Militar fizeram visitas, e lavraram 48 notificações, por transgressão ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
Os casos mais comuns foram de adolescentes consumindo bebidas alcoólicas ou derivados do tabaco, desacompanhados dos pais, e sem documentos de identificação. “Conseguimos retirar um adolescente de 16 anos ingerindo bebidas alcoólicas de um baile funk, outro de mesma idade estava em uma casa de divertimento adulto, uma jovem bebendo e freqüentando uma boate, um casal com a menina de apenas 14 anos, acompanhada de um rapaz de 17, sem documentos pessoais, e em local inapropriado,” disse o coordenador da equipe, Edson do Carmo Taveira “Edinho Caratê”.
A operação Carnaval, ainda atendeu solicitações de órgãos de segurança. “Fizemos trabalho em conjunto com as forças de segurança, e o Ministério Público, na área da comarca, no período compreendido entre, antes, durante e pós Carnaval. Na lavratura das notificações, orientamos e colhemos assinaturas dos responsáveis pelos estabelecimentos comerciais. Mesmo sem apoio de Prefeituras, os eventos aconteceram: grito e ressaca de Carnaval, baile LGBT, na zona boêmia, ou nas boates, casas de streeptease, baile funk, bares e o comércio em geral”, revela Edinho Caratê.
A Polícia Civil fez solicitação de atendimento da equipe judiciária, para sindicância que visa apurar a condição de vida de um menor. Foram ainda, três pedidos do Ministério Público, para investigar irregularidades em casas noturnas, e intervenção à pedido do Conselho Tutelar de Santa Maria, e uma do órgão de Itabira, para localização de uma jovem. Participaram da atividade a equipe composta por Edinho Caratê, Fernando Rocha “Nande”, Wendel Cruz, Carlos Oliveira “Carlinhos”, Rômulo Santos, Carol Soares, e Euclides Éder.
“Aproveito para agradecer o apoio da Polícia Militar, através do Capitão Mucidas, extensivo aos demais que nós acompanharam. O oficial vem sempre providenciando recursos humanos, para auxiliar no cumprimento da fiscalização judiciária, com a finalidade de verificar que as leis estão sendo respeitadas, referente a proteção de crianças e adolescentes. Não saímos para receber reconhecimento. O nosso objetivo maior é voltar para a casa com o sentimento de dever cumprido. Nosso trabalho é enraigar a prevenção, além de auxiliar as famílias,” explica o coordenador dos Comissários.
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