Infectologista do HMCC reforça a importância da terceira dose do imunizante

A cobertura vacinal contra o coronavírus tem se mostrado eficiente para reduzir o número de internações e mortes pela enfermidade. Com o avanço da variante ômicron, a aplicação da terceira dose ou de reforço ganha ainda mais relevância. Só em Minas Gerais, mais de 2,5 milhões de pessoas já convocadas ainda não tomaram o reforço contra a covid-19. Se a proteção com duas doses ou única tem trazido excelentes resultados, com a grande transmissibilidade da ômicron, o reforço traz ainda mais garantias, segundo especialista da Fundação São Francisco Xavier e Superintendente (FSFX).

“Hoje no Brasil, quase 80% dos casos da covid-19 são provocados pela ômicron e é muito clara a relação de pessoas que precisam de internações em UTI ou casos de mortes com o fato de não estarem com a cobertura vacinal completa. A ômicron é altamente transmissível. A terceira dose aumenta a resposta imune das pessoas, ampliando a proteção delas”, comenta a infectologista do Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC) da FSFX, Andrea Maria de Assis Cabral.

Andrea Assis Cabral

As vacinas de reforço da Pfizer aumentam para 95% a proteção contra morte causada pela variante ômicron em pessoas com 50 anos ou mais. “A luta de todos nós profissionais da saúde é incentivar ao máximo a aplicação da terceira dose e alertar para a sua relevância. Se você tem acima de 18 anos e já completou quatro meses do esquema vacinal de duas doses ou dose única, procure uma unidade de saúde e vacine-se. Estamos em um momento delicado da ômicron, e, cada um deve fazer a sua parte para controlar essa pandemia”, ressalta a infectologista.

Com o passar do tempo, a proteção inicial de uma vacina costuma ser reduzida. A aplicação de uma nova dose é essencial para manter essa proteção, principalmente para aqueles que tomaram a vacina logo no início, como os idosos e pessoas com comorbidades. Mas essa relação é válida também para outros grupos. Para evitar maiores riscos, o Ministério da Saúde (MS) reduziu de cinco para quatro meses, a aplicação da dose de reforço para todas as pessoas acima de 18 anos.

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