Retorno do artista Reinaldo Maciel ao Vale do Aço

Reinaldo Maciel

O trabalho do artista ipatinguense Reinaldo Maciel foi um dos selecionados para o Encontro de Parangolés, viabilizado por meio do Edital de Seleção de Propostas – Organizações da Sociedade Civil, editado pela Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, por meio da Lei Aldir Blanc. O Encontro estava previsto acontecer de forma presencial entre os dias 28 e 30 de janeiro com outros 34 artistas/grupos, com microprojetos também selecionados por meio de chamamento público. Devido às questões de saúde pública toda a programação será exibida de forma virtual pelo canal de YouTube e Instagram do grupo Farroupilha, a partir de 19h. Terão apresentações de números musicais, teatrais, audiovisuais, diversidade entre outras.

Reinaldo Maciel, que é artesão, teve seus trabalhos interrompidos na região quando se mudou de cidade. Ele é um artista tradicionalmente conhecido pelas peças artesanais em couro e madeira. Já expôs seus trabalhos artísticos no Brasil e em Exposição no Fórum Social das Américas no Equador. Já ministrou várias oficinas para artistas da região do Vale do Aço como a talentosíssima Beatriz Olinda, que atualmente trabalha com o resgate da cultura de peleteria, tendo suas peças comercializadas para todo o Brasil e em outros países. Reinaldo também é referência nos movimentos artísticos de Ipatinga, sendo um dos fundadores da FeirArte e o saudoso Festival Cultural Roda Viva, do qual ajudou a organizar por pelo menos 10 anos no bairro Bom Jardim.

Reinaldo retorna a Ipatinga, depois de ter se mudado para o Espírito Santo, sentiu que este fosse o momento ideal de retorno para as atividades profissionais na região do Vale do Aço, que tanto lhe satisfaz. A alteração no formato das apresentações do Encontro de Parangolés mexeu com a estrutura do projeto de Reinaldo Maciel, entretanto ele optou por uma produção de conteúdo em forma de entrevista para o programa de Natália Fonseca na Rádio Jhony City 104.1 FM, onde irá expor suas peças exclusivas, falar sobre as suas contribuições para o cenário artístico do Vale do Aço, tocar berimbau durante a entrevista e ainda contar alguns dos seus projetos futuros para o ateliê que pretende inaugurar em breve.

“A máscara é, seguramente, um dos mais simbólicos elementos da linguagem através dos tempos e da história. A proposta inicial era fazer uma roda de capoeira, onde um percussionista tocando um berimbau e dois capoeiristas e se apresentariam ao centro, usando as máscaras de couro que confeccionei especialmente para o microprojeto. Caso o público espectador se sentisse provocado, poderia adentrar na roda para gingar. Bastaria um/a de cada vez escolher um dos dez modelos de máscaras que ficariam disponibilizadas para serem usadas livremente”, explica Reinaldo, sobre o espetáculo. Ainda segundo o artista a presença delas, em cena, simbolizaria “as muitas máscaras” que usamos no cotidiano, sejam nas redes sociais, no trabalho, nas relações da vida.

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