A referência técnica em práticas integrativas e complementares em saúde da Regência Regional de Saúde (GRS) Itabira participou dia 30 de novembro, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, do “Curso de Formação em Auriculoterapia para Profissionais da Atenção Primária,” ofertado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, com apoio pela Secretaria Estadual de Saúde de MG (SES-MG). O evento, direcionado aos profissionais da atenção primária à saúde do Estado, foi realizado em quatro dias, e foi concluído dia três de dezembro. A GRS Itabira foi representada pela referência técnica no procedimento, Pollyanna Oliveira, como aluna, que será multiplicadora das orientações.
“A região de saúde de Itabira apresenta grande capacidade de ampliar a oferta das Práticas Integrativas e Complementares. Alguns municípios já apresentam um sistema local que favorece o acesso das pessoas e comunidades a algumas estratégias como a Shantala, a meditação, a naturopatia, o Lian Gong e a própria auriculoterapia. Participar dessa formação nos possibilita aumentar nossos recursos para apoiar mais fortemente os gestores no processo de implantação das técnicas, aumentando de forma significativa a gradiente de saúde dos sujeitos através de ações de prevenção de doenças,” disse Pollyana Oliveira.
Foi encerrado a etapa presencial, com foco em casos clínicos, e que a parte teórica foi realizada antes, na modalidade Educação a Distância (EaD), com 441 profissionais. A aula prática do curso de auriculoterapia contou com a participação da terapeuta ocupacional, Fernanda Pires Gonçalves, referência técnica em práticas Integrativas e complementares em saúde de São Gonçalo do Rio Abaixo, como preceptora. A terapeuta foi convidada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ela explicou que o curso contou com uma parte teórica EaD e em seguida a aula prática onde os preceptores realizaram uma revisão breve sobre as abordagens teóricas da auriculoterapia com discussões de casos clínicos e inserção de sementes e por fim uma discussão sobre as possibilidades de implantação da prática nos municípios.
“Auriculoterapia é uma técnica alternativa não invasiva que trata disfunções físicas, emocionais e mentais por meio de estímulos em pontos específicos da orelha. Segundo a abordagem da biomedicina no pavilhão auricular há terminações nervosas que realizam controle da dor, inflamação e emoções. Já na abordagem da reflexologia há pontos específicos no pavilhão auricular que correspondentes a determinados órgãos do corpo. E a abordagem da Medicina Tradicional Chinesa que no âmbito holístico correlaciona pontos dos órgãos e vísceras a elementos da natureza e busca o equilíbrio do corpo. Na prática clínica, após a anamnese, realizamos a integração das abordagens para a melhor seleção dos pontos no tratamento do usuário” explicou Fernanda.
O objetivo da parte prática foi treinar a localização e seleção de pontos para aplicação de sementes por meio de estudo de casos clínicos para integrar as abordagens teóricas. Segundo os terapeutas, preceptores do curso, bons resultados são evidenciados na literatura científica quando a terapia, no caso auriculoterapia, complementa os tratamentos convencionais, seja no cuidado a condições como obesidade, tabagismo, ansiedade, insônia e lombalgia, frequentemente apresentadas por usuários das unidades de APS. O curso ainda contou como preceptores, a médica acupunturista Andrea Ruschel Träsel, professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e do médico, Lucas Renno, que faz parte de uma equipe de estratégia da saúde da família Florianópolis (SC).
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