O Dia do Rio, comemorado quarta-feira (24). Na ocasião, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) abordou o tema: “fossas biodigestoras e seus benefícios”, durante palestra realizada no auditório da pasta, no Parque Municipal Mata do Intelecto. Por meio de um trabalho conjunto entre setores, foi anunciado que nesse segundo semestre, ao Programa de Saneamento Rural – Desenvolvendo Comunidades, será instalado em Itabira.
A proposta visa beneficiar comunidades do município com instalações de fossas biodigestoras. Detalhes do projeto foram apresentados nessa quarta-feira (24), Dia do Rio, por representantes das Secretarias do Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento (SMAA); Obras, Transporte e Trânsito (SMOTT); e Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Itabira (Saae), que compõem o grupo de trabalho criado para executar as atividades do programa.
Os benefícios e a necessidade de garantir abastecimento de água potável e esgotamento sanitário para as comunidades rurais é o objetivo central do programa. Durante o evento no auditório da Mata do Intelecto, o programa foi explicado pela diretora técnica operacional do Saae, Maria Edduarda Fonseca, e pelo presidente do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba, Jorge Borges.
Um grupo de trabalho criou um ranking das comunidades que necessitam do serviço para definir em qual delas o programa começaria as atividades. “Para pensarmos em saneamento básico, temos que começar pela história, entender a evolução da humanidade. Como era feito antes e como vamos fazer agora. Perceber o crescimento populacional, que está ligado ao sistema de saneamento sanitário”, disse Jorge Borges, que trouxe o contexto histórico como principal abordagem da discussão.
De acordo com, que participou da conversa, a finalidade do programa é capacitar os moradores das comunidades rurais para que sejam capazes de construir fossas biodigestoras. “Nós vamos ministrar oficinas para que os moradores possam fazer as fossas, que vão separar, dentro da casa, a água de pia e chuveiro da água de esgotamento sanitário. Essa separação faz com que haja um tratamento destas águas e o despejo não polua os rios”, esclarece o superintendente de Meio Ambiente da SMAA, Diego Pimenta.
Foram adotados critérios de avaliação, considerando, por exemplo, se a comunidade é quilombola, se há abastecimento e tratamento de água e esgoto, se está inserida em manancial de abastecimento público. Foi definido que a comunidade quilombola Morro Santo Antônio seria a primeira beneficiada com o programa, com fossas serão construídas pelos moradores através de oficinas que ensinam como construir a estrutura, com sistema sanitário no solo.
A expectativa é que aproximadamente 50 fossas biodigestoras estejam prontas até março de 2022 no Morro Santo Antônio. As oficinas estão previstas para começarem na comunidade quilombola em dezembro. “Nós estamos na fase de cotação e compra dos materiais. A comunidade vai executar essas fossas junto com o grupo de trabalho. Apesar de a captação estar limpa, a comunidade devolve para o rio esse esgoto e a meta do programa é acabar com isso”, completou Diego.
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