Publicação sobre os 300 anos da criação da Capitania Mineira

Mauro Werkema

O surgimento de Minas Gerais, desde a ocupação pioneira do território interior do Brasil-Colônia pela corrida pelo ouro, nos anos finais do século XVII, o tumultuado domínio territorial, sua formação e evolução em três  séculos, contados desde a criação da Capitania das Minas do Ouro, ocorrida por ato do Governo Colonial português em dois de dezembro de 1720, até os acontecimentos mais recentes do Estado, são temas do livro “História e Formação de Minas Gerais em 300 anos da Capitania, Origens e Trajetória”, do jornalista Mauro Werkema, já nas livrarias. Viabilizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e patrocinado pela CEMIG. Surge a Capitania para conter a sublevação dos mineiros, em Ribeirão do Carmo (Mariana) e Vila Rica (Ouro Preto) contra a cobrança do quinto do ouro e a criação das casas de fundição. Vila Rica torna-se, com a Capitania, a capital.

Na Colônia, no Império e na República, os mineiros atuaram decisivamente na formação da nacionalidade brasileira. Contribuiu para a Independência de 1822 e para a formação das leis instituidoras do Império, com Bernardo Pereira de Vasconcelos,  e para o ajuste institucional com a Revolução Liberal de 1842 de Teófilo Otoni. Inspirou o movimento republicano, vitorioso em 1889, que buscou em Tiradentes e nos poetas inconfidentes inspiração e modelo. Em Ouro Preto e cidades históricas, uma caravana de modernistas vindos da Semana de Arte Moderna de 1922, sob a liderança de Mário de Andrade, em famosa excursão de 1924, descobriu uma autêntica cultura brasileira, com Aleijadinho e Athayde e muitos outros, e nela fundamentaram a política de preservação do patrimônio cultural brasileiro, com o IPHAN, em 1937. Deste “caldo de cultura” surge a mineiridade, “mistura de mineirismo cultural e mineirice política”, no dizer de Afonso Arinos.

Terra de equilíbrio e da temperança, mas também de enraizado traço libertário, desde o conflito emboaba de 1708/09 às constantes rebeliões contra o jugo português explorador da Colônia e impedidor do seu desenvolvimento, passou da “Minas inaugural”, do minerador, para o agropecuarista, expandindo suas fronteiras para os sertões. Rever os 300 anos impõe ler o que o passado nos ensina e aponta quanto aos valores que ensejam a emancipação econômica. Minas é rica, de solo e subsolo, de recursos humanos, de lições e experiências históricas e de vida. Valores que convocam para um novo tempo com a superação do impasse brasileiro nesta segunda década do século XXI, diz o autor. O livro pode ser adquirido no site: www.artsrealiza.com.br.

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