Quase metade dos consumidores deixa cadastro de inadimplência

Levantamento realizado aponta que 46% dos Cadastros de Pessoa Física (CPF) que estavam com dívidas vencidas e não pagas em dezembro de 2020 deixaram a base de inadimplentes, e se mantiveram fora dela, até o mês de setembro. O índice é positivo se comparado a setembro de 2020, quando 44% dos inadimplentes em dezembro do ano anterior recuperaram o crédito. Mas ainda está aquém dos 53% de CPFs recuperados, entre os negativados em dezembro de 2018, alcançados em setembro de 2019.

O dado de setembro representa uma continuidade na recuperação em relação ao registrado ao longo dos meses anteriores, a taxa de CPFs “recuperados” foi pior do que o alcançado em 2020, em todos os meses de 2021, até julho, quando o percentual igualou o do ano anterior. Em agosto, este índice ultrapassou 2020 pela primeira vez este ano, registrando 43%. Mesmo com a alta no índice de CPFs “recuperados” atingido em setembro, o consumidor pode voltar a ter dificuldades para equilibrar o orçamento e manter-se adimplente no restante de 2021.

O índice é obtido a partir do acompanhamento de diversas amostras de CPFs que entraram na base de inadimplentes que, ao longo dos meses posteriores, recuperaram o crédito, ocasionou a negativação, seja por uma negociação com os credores. O índice registra os CPFs que deixaram e se mantiveram fora da base de inadimplentes, mês a mês. “Ao longo de 2020, a taxa de inadimplência das famílias caiu, contrariando expectativas e graças a medidas como um auxílio emergencial mais substantivo que o atual e a postergação da cobrança de dívidas por parte dos bancos e varejistas”, explica o economista, Flávio Calife.

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