Aconteceu em 15 junho, reunião de parte da diretoria do Banco do Povo, com a Prefeitura de Itabira, na Secretaria Municipal de Fazenda, para discutir e alinhar a volta das atividades da instituição financeira. Participaram: João Torres Moreira Júnior, presidente do Banco do Povo; Gilberto Ramos, Secretário da pasta, Plínio Andrade, advogado da Prefeitura de Itabira; Maurício Martins, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Itabira (CDL); e Rodrigo Andrade, Coordenador de Comunicação Social da Prefeitura de Itabira.
Breno Pires, Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Inovação e Turismo, foi convidado, mas não participou do encontro. A pasta é a responsável pela dotação orçamentária e gestão dos recursos da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), e do Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social de Itabira (Fundesi). Gilberto Ramos afirmou que a administração pública não tem mecanismos para auxiliar na retomada das atividades do Banco do Povo, a não ser que outro parceiro possa auxiliar. Oportunidade difícil considerando o cenário econômico brasileiro.
A ideia é lançar edital de concorrência entre as instituições financeiras. A participação com chances é considerada pouco provável, devido à impossibilidade de concorrer com outras instituições financeiras, com capital incalculável, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. “Falei para o Secretário de Fazenda, que em governos anteriores dos prefeitos Jackson Tavares, João Izael e Damon Sena, foram liberados recursos através de Projetos de Lei, permitindo a destinação de verbas para a manutenção do Banco do Povo. Gilberto Ramos nós disse que estes projetos foram feitos e aprovados de forma ilegal, em desacordo com a legislação,” revelou João Torres.
O presidente do Banco do Povo disse que não concorda com a alegação, já que a destinação de recursos estaria de acordo com as leis, e aprovadas na prestação de contas pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG). “Na reunião deu a entender que a Prefeitura de Itabira não esta disposta a ajudar o Banco do Povo e principalmente a população de Itabira que tem atualmente 22 mil desempregados. Salientamos ainda que, uma das bandeiras no plano de governo do prefeito Marco Antônio Lage é combater o desemprego, e de incentivar o desenvolvimento econômico,” destacou presidente do Banco do Povo.
A instituição financeira de Itabira tem a função social de possibilitar contrair linhas de financiamento a juro popular, com maior prazo de carência e menor burocracia, permitindo que pequenos empreendedores possam investir na criação de empresas, gerando empregos e renda. “Vamos continuar lutando para que o Banco do Povo possa ajudar estas pessoas da economia formal e informal de Itabira. Estamos agendando reuniões com a Câmara Municipal, e outros órgãos do nosso município. Vale lembrar também que nestes 22 anos de existência do Banco do Povo foram realizados 1400 empréstimos, somente 12 não foram recebidos. Ou seja, taxa menor que 1% de inadimplência,” concluiu o João Torres.
Eu como liberal não apoio a manutenção e criação deste banco isso não é função do governo. Os 12 inadimplentes ficaram devendo quanto ao Banco? Será que foi os mesmos 1% ?