Por dez votos contrários, seis a favor e uma abstenção, a Câmara Municipal de Itabira rejeitou a proposta para que o Município contraísse um empréstimo de R$ 70.150.000 junto à Caixa, através do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa). O principal atrativo dessa modalidade é o juro, considerado baixo, 3,6% ao ano, e com dez anos de carência (prazo para começar as vencer o financiamento).
O recurso seria investido em obras pavimentação de diversas vias urbanas e rurais; execução de um amplo sistema de saneamento, redes pluviais e contenções de encostas; complemento do trecho pronto da avenida Machado de Assis; pavimentação da estrada que liga os distritos de Ipoema e Nossa Senhora do Carmo; instalação e reforço de mata-burros e pontes de madeira; calçamento de vias rurais; reformas de quadras e praças; extensão de redes elétricas urbana e rural e outros investimentos.
Votaram a favor do empréstimo: Bernardo de Souza Rosa (Avante), Carlos Henrique da Silva “Sacolão” (PSDB), Carlos Henrique de Oliveira (PDT), José Júlio Rodrigues “Combem” (PP), Júber Madeira Gomes (PSDB), Marcelino Freitas Guedes (PSB). O presidente da Câmara, Weverton Leandro Santos Andrade “Vetão” (PSB), se absteve na votação. Os demais vereadores votaram contra.
Para Neidson Dias Freitas (MDB) o empréstimo, neste momento, não se faz necessário uma vez que a alta do preço do minério influencia diretamente na arrecadação do município, que este ano pode chegar a quase R$ 800 milhões. Além disso, segundo o emedebista até o mês de março Itabira tinha em caixa, livre, R$ 204 milhões. O Prefeito Marco Lage, em live dia 10 de junho, desmentiu a disponibilidade desse investimento citado pelo vereador.
“Eu acredito que em um momento oportuno, com discussão correta, respeitando o entendimento democrático da Câmara, é possível que no futuro o projeto volte à Casa e tenha outros entendimentos. Mas na realidade de hoje, o município de Itabira tem condições de executar todas estas obras previstas sem a necessidade do empréstimo”, pontuou Neidson Freitas. O custo total do financiamento, somado aos juros e taxas era de R$ 92.072.036,23.
“Por isso, se fazia necessário este aporte financeiro para que nos próximos quatro anos o prefeito pudesse fazer os devidos investimentos e colocando em prática diversos projetos e obras importantes que são exatamente os anseios da população de Itabira. Lamentavelmente a Câmara perdeu esta grande oportunidade de contribuir com esse processo tão importante apresentado ao Legislativo pelo prefeito”, destacou Júber Madeira, líder do governo na Câmara.
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