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Adriana Geralda Vieira
Em 12 de maio é comemorado o Dia do Enfermeiro, também data internacional da enfermagem. No Brasil, a data lembra Ana Néri, primeira enfermeira a se alistar voluntariamente em combates militares em 1865, durante a Guerra do Paraguai. Os tempos eram outros, mas a atual pandemia da covid-19 também nos remete a uma guerra. Não é atoa que o termo “linha de frente” ganhou tanto destaque no último ano. O Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), como em todas as instituições médicas brasileiras, tem sua linha de frente composta, em sua maioria, por profissionais da enfermagem. Trabalhadores, que assim como a primeira enfermeira brasileira, se alistaram em uma “guerra” contra um vírus tão letal quanto as armas de fogo.
No HNSD, a esperança em dias melhores e a luta diária de quem se alistou no combate é permanente. Enfermeira há 12 anos, sendo cinco deles no HNSD, Adriana Geralda Vieira precisa vestir todos os dias a máscara PFF2, touca, óculos de proteção, protetor facial e luvas de procedimentos. Os plantões, de 12 horas com todo o paramento necessário para manter a sua saúde e dos pacientes, é a primeira demonstração de cuidado. Protegidos pela “armadura”, ela lembra onde está coração e a mente: “psicologicamente e fisicamente, a demanda aumentou demais, cuidamos de pacientes graves sendo que alguns saem curados, mas outros, não reagindo ao tratamento, acabam evoluindo a óbito”.
A enfermeira está atuando no combate ao coronavírus desde o ano passado. Felizmente, ela não se contaminou, mas presenciou o sofrimento de muitos pacientes e de familiares que viram seus entes queridos serem vencidos pelo vírus. Este, inclusive, foi considerado pela enfermeira o maior desafio de quem lida de perto com a doença. “O momento mais difícil para mim é ligar para um familiar para comparecer no hospital e acompanhar o médico para dar a notícia do óbito. Dói muito saber que a mãe, esposa, filhos não vão levar o ente querido para casa e também não puderam se despedir dele”, lamenta Adriana Vieira.
Ao ser questionada se pensou em desistir, a enfermeira foi direta: jamais!. O cuidado com a vida e a responsabilidade profissional falaram mais alto. “Sempre tive um propósito na minha vida profissional que é salvar vidas, amo o que eu faço, profissão que Deus me deu oportunidade de ser humana, aprender a empatia e a missão de cuidar”, afirmou. A pandemia da covid-19 não trouxe mudanças apenas em nossas rotinas e nos cuidados com a saúde. Ela também promoveu um cenário de grandes desafios para os profissionais de saúde, sobretudo para aqueles que trabalham com enfermagem, atuando na linha de frente no combate ao coronavírus.
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Thais Aparecida Ribeiro Alves
“Além de profissionais de saúde, são mães, pais, filhos, irmãos… que apesar de todo medo e insegurança, pois também são humanos, deixam seus lares e familiares diariamente para cuidar do outro com grande dedicação e comprometimento, com é demonstrado por cada profissional que atua em nossa instituição”, ressaltou Thais Aparecida Ribeiro Alves, Gerente de Enfermagem do HNSD. Para ela, a data deve ser um momento para demonstrar toda a dedicação desses profissionais que vêm enfrentando jornadas exaustivas para vencer essa batalha contra o vírus. “Quero levar a cada um deles o meu fraterno abraço de agradecimento e consideração por todo apoio nesse período de turbulência que temos vivido e superando juntos a cada dia os obstáculos”, desejou a profissional de enfermagem.
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