O Ministério da Saúde anunciou a publicação da Nota Técnica elaborada pela Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações, que indica a vacinação das Pessoas com Deficiência Permanente cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC). De forma diferente de todos os outros grupos prioritários para receberem a vacina, a medida está sendo vista como discriminatória, uma vez que o critério para vacinação prioritária tem sido médico, e não sócio econômico.
“A diferenciação por condição social não foi aplicada a outros grupos prioritários, o que configura, claramente, uma postura governamental discriminatória em desfavor das pessoas com deficiência”, garante Moisés Bauer Luiz, atual presidente do Comitê Brasileiro de Organizações Representativas das Pessoas com Deficiência (CRPD ). As 7,7 milhões de pessoas com deficiência do Brasil disputam o espaço da priorização da vacina com várias categorias profissionais e pacientes expostos a determinadas patologias.
As pessoas com deficiência também foram citadas pelo Governo, porém, até agora, não há movimento neste sentido. “A partir de pressão política, alguns grupos estão tendo a vacinação antecipada e aplicada simultaneamente aos idosos, passando à frente das pessoas com deficiência. O que mais causa inconformidade é que existe uma previsão na lei que assegura atendimento prioritário às pessoas com deficiência, inclusive em situações de calamidade pública, que é o caso que vivemos atualmente”, afirma Moisés.
Deixe um comentário