Demanda por fisioterapeutas respiratórios cresce cerca de 720%

Antes da pandemia, poucos sabiam que o fisioterapeuta também atua em unidades de terapia intensiva. Novidade para o grande público, que infelizmente veio à tona da pior forma possível. No início, foi por meio dos noticiários. Depois, por comentários de conhecidos que ficavam doentes e eram levados aos hospitais. Hoje, com a explosão de casos de pessoas infectadas, muitos foram submetidos aos cuidados desses profissionais nas terapias intensivas. Toda essa importância fez com que a demanda por eles crescesse de forma exponencial, mas que, inexplicavelmente, não foi acompanhada por uma valorização.

Anderson Coelho

Segunda dados publicados em uma matéria da Revista Exame, a procura por fisioterapeutas respiratórios cresceu no país cerca de 720% durante a pandemia, se comparado com 2019. O que se tem percebido é uma demanda absurda por esses profissionais, que muitas vezes acabam se desdobrando em plantões, se colocando em risco o tempo todo para suprir a carência dos hospitais. Um trabalho essencial, que pede competência, dedicação, renúncia da vida pessoal e amor ao próximo. O problema é que o esforço no exercício do papel fundamental de salvar vidas não resultou na maior valorização profissional.

Para o presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de Minas Gerais (CREFITO-4 MG), Dr. Anderson Coelho, fisioterapeutas respiratórios são peça fundamental nos hospitais, o que justifica o enorme crescimento de demanda durante a pandemia. “Nós, da área da saúde, sempre soubemos das competências do fisioterapeuta, profissional com formação ampla e de primeiro contato, que atua em diferentes áreas. Mas a sociedade tomou conhecimento somente agora. A demanda por eles cresceu de forma absurda, mas, infelizmente, não percebemos a valorização acompanhar a procura,” afirmou.

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