A Gerência Regional de Saúde (GRS) unidade Itabira, responsável por três microrregiões com população estimada de 230 mil habitantes, recebeu nessa quarta-feira (10), a visita do Secretário Adjunto Estadual de Saúde, Luiz Marcelo Cabral Tavares. O objetivo foi alinhar ações dos municípios diante da onda roxa, bem como visitar os dois hospitais referência em tratamento covid-19. Participaram do encontro: Maurício Marques, referência técnica da regulação da GRS, Maria Aparecida Oliveira, diretora da unidade de Itabira, e Eliana Horta, secretária de saúde.
“A gente está fazendo uma visita nas regiões que conversaram com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais e caminham para a onda roxa do programa Minas Consciente. Verificamos como está o fluxo de atendimento e ocupação de leitos nos hospitais, para termos a noção exata de como podemos intervir se necessário, em uma situação que se agrave. Viemos na Fundação São Francisco Xavier acompanhar as UTIs covid e os leitos clínicos. Verificamos a entrada dos pacientes em separado e os contêineres para receber a equipe. Ouvimos os diretores clínicos e os gestores, para que a gente possa levar isso para o Estado, no plano de contingência”, disse Marcelo Cabral.
Desde dia primeiro de março, 16 dos 17 municípios da macrorregião de saúde, decidiram se antecipar ao Governo de Minas, e aderir as normas mais rígidas da onda roxa do Minas Consciente. A decisão foi motivada pelos indicadores que apontavam as unidades hospitalares da região em estado de colapso eminente. “A sociedade como um todo teve um afrouxamento no distanciamento social e no isolamento, sem usar máscaras, e a população se aglomerando. A única forma que temos para conter a disseminação do vírus é seguir o protocolo da onda roxa,” disse a diretora da GRS Itabira, Maria Aparecida Oliveira.
O hospital de campanha é uma ideia já descartada pelo Governo do Estado. “Não nos ajudaria,” destacou a gestora da GRS. O número de contaminantes é alto, indicadores relevantes e a variante está mais agressiva, com pessoas com patologias associadas, mais susceptíveis ao vírus mutante, que atinge mais rapidamente as pessoas. As microrregiões de Guanhães e João Monlevade já não dispõem de vagas, e Itabira como sede da macro, está em colapso no atendimento. “Tivemos duas reuniões com representantes dos hospitais referência covid-19. Hoje não temos para onde mandar pacientes,” declarou Maria Aparecida Oliveira.
Sem insumos e recursos humanos, as ações são pontuais de acordo com a realidade de cada cidade. “É muito importante essa visita do Marcelo, porque nossa região está em colapso com 100% dos leitos ocupados, nas três sedes das microrregiões, e temos vagas abertas apenas por óbitos. Precisamos de estratégias para mostrar a população que a onda roxa necessita de conscientização e fechamento dos serviços não essenciais, porque não temos mais para onde internar os pacientes que precisam de UTIs”, disse Maurício Marques, referência técnica de regulação da GRS.
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