“Respeitar as pessoas com deficiência é reconhecer que, elas possuem os mesmos direitos que nós perante a sociedade”, com essa frase do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas Deficientes de Itabira (CMDPDI), comemora seus 15 anos de atuação do colegiado, dia dois de dezembro. Na data seguinte, três de dezembro é comemorado o dia internacional da pessoa com deficiência. Na Câmara Municipal, durante a reunião dos vereadores de terça-feira (3), o presidente do colegiado, Edmar Henrique Soares usará a tribuna legislativa para apresentar avanços, e onde há necessidade de políticas públicas inclusivas.
“Cerca de 14,5% da população brasileira declarou possuir alguma deficiência ou incapacidade. O CMDPDI foi criado em 2005 com a competência de monitorar as questões pertinentes ao segmento. Esse processo de participação social, traz para a pessoa com deficiência, a possibilidade de ser ouvido, e ter direitos, não apenas ao exercício do controle social, mas também desenvolver a capacidade de tomar decisões e lutar pelos seus direitos, contribuindo assim para a construção da cidadania. Em breve teremos outra cadeira no colegiado, representando pessoas com transtorno do espectro autista”, disse Edmar Soares.
Os desafios enfrentados são muitos, sendo necessária a participação da sociedade para oportunidades de acessibilidade, qualificação profissional e vagas de emprego. “A situação em Itabira para os deficientes visuais não está sendo muito favorável. A cidade não oferece acessibilidade. Itabira poderia ser uma cidade modelo. Há uma defasagem grande de deficientes fora do mercado, por barreiras como a deficiência leve e a total, como é o caso da cegueira”, disse Eloísa Cristina, deficiente visual. “Tudo começa na educação. É necessário ampliar acesso a escola e a questões de logística. Nem conseguimos saber quantos deficientes visuais Itabira tem”, avaliou Alice Criff, também representante do segmento.
A Apasita (Associação de Pais e Amigos dos Surdos de Itabira) fundada a três anos, representa os deficientes auditivos. “Para o surdo a comunicação ainda é a maior barreira, embora sentimos que já caminhamos bastante, mas falta muito em acessibilidade nos locais públicos e empresas. É preciso mais conscientização da população sobre libras, o meio de comunicação dos surdos”, destacou Enilza Soares Gregório, representante da Apasita. “Quero dar os parabéns a todas as pessoas com necessidades especiais, nessa causa justa e de todos nós”, finalizou Arão Madeira, presidente da AOADI (Associação Ocupacional e Assistencial dos Deficientes de Itabira).
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