
Foto: Estilingue
Dia 14 de setembro na praça do Campestre
O Projeto Estação encerra mais uma fase: aquela das aulas presenciais de fotografia pelo celular nas cidades participantes. O saldo é centenas de imagens, feitas pelos alunos, revelando ângulos inéditos de suas comunidades, pessoas e a paisagem. A atividade tem o apoio da Vale e conclui essa etapa das aulas presenciais e inicia nova fase com instalações artísticas nas cidades. Itabira recebe o evento neste domingo (14) na praça Vereador José Máximo Resende Filho, no bairro Campestre.

Praça do Campestre. Foto: Arquivo. Crédito: Filipe Augusto/PMI
Sob a orientação de professores especializados, cada clique foi mais do que uma foto, tornando-se ato de protagonismo. Os participantes se tornaram narradores visuais de suas próprias histórias, revisitando memórias, cores e formas de espaços muitas vezes ignorados, mas carregados de significado, especialmente os que dialogam com a histórica Estrada de Ferro Vitória a Minas, que conecta e inspira todas as cidades do projeto, como afirma Pedro Henrique, aluno de Piracicaba.

Foto: Estilingue
“Colocamos em prática todo o conhecimento passado pelos professores nas aulas teóricas, cada detalhe de composição, cada olhar sobre as paisagens da cidade, tornando a experiência inesquecível,” destaca o estudante. Essa etapa provou que a fotografia pode ser um instrumento de transformação: ela fortalece a identidade, valoriza o patrimônio e cria um elo afetivo entre o passado e o presente. O Projeto Estação entra na fase em que as fotos feitas pelos alunos serão levadas para as ruas.

Foto: Estilingue
No Projeto Estação, que ocupa as ruas com as imagens feitas pelos próprios moradores, o lambe-lambe quebra a distância entre a arte e o público, reforça a identidade local e devolve à comunidade a beleza que ela mesma produziu. O Projeto Estação segue trilhando seus caminhos, assim como os trilhos da Estrada de Ferro Vitória a Minas: conectando pessoas, preservando memórias e dando visibilidade à cultura de cada cidade que atravessa. O resultado inspira e marca a paisagem dos espaços.

Foto: Estilingue
O objetivo é transformar espaços urbanos em grandes galerias ao ar livre. Após uma criteriosa curadoria, as imagens serão impressas no formato lambe-lambe e instaladas em pontos estratégicos de cada município, convidando todos a parar, observar e se reconhecer na arte. Serão elaborados também videoartes que darão mais notoriedade às fotografias produzidas durante o processo. A cidade de Antônio Dias recebeu o projeto dia 11, em Nova Era ocorre nesta sexta-feira (12).

Foto: Arquivo
O cronograma prevê para João Monlevade a ação neste sábado (13), e após contemplar Itabira, segue para Rio Piracicaba, dia 19, Barão de Cocais, em 20 de setembro, e finalmente Belo Horizonte, dia 21. O lambe-lambe é uma técnica artística urbana que consiste na colagem de cartazes em paredes e superfícies públicas, geralmente feitos em papel, para criar um impacto visual direto e acessível. Ele leva a arte para o cotidiano, sem barreiras, e transforma a cidade em um espaço de diálogo e pertencimento.

Foto: Estilingue
“A importância de intervenção artística vai muito além do resultado, como uma exposição ou instalação. Ela está no processo. Desde as aulas virtuais, que despertam um primeiro olhar mais atento, até as escolhas dos locais e dos personagens que serão retratados, tudo isso vai construindo um vínculo entre os alunos, a cidade e suas próprias histórias. Quando as imagens feitas pelos alunos tomam as ruas em forma de instalação artística, a cidade também se reconhece” ressalta Rodrigo Dias, professor do Projeto Estação.
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