Pesquisa aponta que as engenharias perdem espaço na preferência dos jovens

Imagem: Freepik

Engenheiros desempenham papel fundamental em setores estratégicos, mas dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) indicam crise na formação desses profissionais, com déficit estimado em 75 mil engenheiros. Nesse contexto, o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) encomendou ao Instituto Locomotiva pesquisa para compreender a percepção dos jovens sobre a área. Clique aqui e confira.

O levantamento, realizado com 1.150 estudantes do Ensino Médio, trouxe números inéditos e preocupantes: apenas 12% demonstram interesse em cursar Engenharias, o que equivale a cerca de 2,3 milhões de jovens no Brasil, segundo estimativas baseadas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2024. O dado que chama atenção é que mais de um terço dos entrevistados afirma sentir insegurança com a matemática.

A pesquisa também aponta grave problema educacional: 79% dos estudantes acreditam que falhas na educação básica desmotivam o início ou a continuidade de cursos de graduação. Entre aqueles que pretendem cursar Engenharia, as dificuldades financeiras e o interesse por outras áreas aparecem como principais motivos para uma possível desistência. Ciências Exatas perdem espaço para as humanas na preferência em graduação.

O percentual de 49% prefere disciplinas de humanas, contra 28% que optam por exatas. O nível médio de segurança com matemática é de apenas 5,2 (em uma escala de 0 a 10). Matemática e custos afastam jovens da Engenharia: para 22% dos que rejeitam a área, citam dificuldades com matemática como principal motivo. Entre os interessados em cursar Engenharia, apenas 16% se sentem “muito seguros” com cálculos.

E ainda, oito em cada 10 estudantes consideram os cursos de Engenharia caros, fator que pode levar à desistência. E, 23% dos interessados no curso apontam dificuldades financeiras como o principal motivo para eventual abandono. Os motivos de desinteresse pela Engenharia: 46% (interesse por outras áreas); 22% (dificuldades com matemática ou disciplinas que envolvam cálculos); e 8% (questões financeiras).

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