Unifei desenvolve ferramentas que analisam rompimentos nas barragens do Estado

Foto: Secom/Unifei

Estudantes dos cursos de Ciências Atmosféricas, Engenharia Ambiental e do Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Recursos Hídricos (POSMARH) da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), ao lado dos alunos que cursaram a disciplina “Mecânica de Fluidos Geofísicos” no primeiro semestre de 2025, estão participando de um projeto de ensino-aprendizagem voltado à compreensão das causas de rompimentos de barragens de mineração em Minas Gerais.

A atividade integra o componente curricular Laboratório de Fluidos Geofísicos, sob a coordenação do professor Arcilan Trevenzoli Assireu, com apoio do Centro Intersetorial de Pesquisas em Alterações Climáticas e Redução do Risco de Desastres (CIPARD) do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, das docentes: Marina Batalini de Macedo, Samara Calçado de Azevedo e Adinele Gomes Guimarães (Unifei), de docentes parceiros da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Foto: Secom/Unifei

Há ainda a colaboração dos alunos Werik Kauan, mestrando do POSMARH, e João Vitor, estudante de Engenharia Ambiental e bolsista de Iniciação Científica. O projeto adota a metodologia de Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) e tem como foco o desenvolvimento de modelos físico-digitais, em escala reduzida, para investigar a dinâmica entre uso do solo, regime de chuvas, alterações na rede de drenagem e escoamento superficial, fatores associados aos eventos.

As áreas de estudo incluem seis localidades, marcadas por desastres, como os rompimentos das barragens de Fundão (2015) e Brumadinho (2019). A partir de Modelos Digitais de Elevação (MDEs) dos anos de 2001 e 2014, gerados por missões como a SRTM (NASA) e o programa Copernicus (Agência Espacial Europeia), os estudantes analisam as alterações da paisagem e o relevo provocadas pela atividade mineradora, com destaque para mudanças morfológicas e de drenagens.

Rompimento da barragem em Brumadinho. Foto: Arquivo

Os dados utilizados na construção de maquetes topográficas impressas em 3D representam o relevo antes e depois das intervenções minerárias. As maquetes servem de base para experimentos com simuladores de chuva, desenvolvidos pelos próprios estudantes, possibilitando a visualização do comportamento do escoamento superficial em diferentes cenários. As atividades serão concluídas com apresentações para banca avaliadora com professores e membros da CIPARD.

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