Em publicação, escritor promove conscientização sobre o Alzheimer

Capa de Obras “O que me Falta”. Crédito: Divulgação

Autor concede entrevista na rádio Itabira, nesta quinta (19), às 9h

O escritor Mário Cezar da Silveira lança a publicação: “O que me falta…”, obra debruçada em vivências pessoais, estudos e pesquisas. Ele se especializou em acessibilidade e de toda uma vida dedicada à filha, Carolina, com paralisia cerebral. Agora, em homenagem à sogra, com quem conviveu diariamente quando acometida pelo Alzheimer, imprime os desafios reais de muitas famílias que enfrentam a doença. O profissional da área de arquitetura que se dedica à literatura usada como ferramenta de conscientização ao Alzheimer, enfermidade que leva a demência neurodegenerativa, afetando o cérebro, causando danos às células e deterioração progressiva das funções neurotransmissoras.

A partir de pesquisas e investigações com psiquiatras, gerontologistas e neurologistas, Mário Cezar da Silveira buscou despertar a necessidade de reconectar laços e estimular uma sociedade mais acessível. A protagonista Anna, entregou 58 anos de casamento, furtada de viver o amor. Com a morte do marido, passa a criar novas memórias, e mais uma vez é interrompida, desta vez, pelo Alzheimer. “Cada vez tenho mais sensação de que estou me esquecendo das coisas, como se arrancassem folhas do livro da minha vida, ou se apagassem o que estou vivendo agora. Parece que a vida que estou vivendo não é mais a minha”, cita trecho da obra, mostrando as dores de quem lida com os problemas causados pela enfermidade.

Mario Cezar da Silveira. Crédito: Divulgação

Outro papel importante, Hellen, filha de Anna, vive o drama de voltar para casa, da qual foi expulsa pelo pai. O retorno foi para cuidar da mãe. Como cuidadora, passou a viver em conflito, ao tentar se reconectar com a figura materna, que se perde no universo a cada vez mais silencioso. Sensível ao processo de deficiência na memória, o autor dá voz à protagonista, que narra como enfrenta as dificuldades de mobilidade, rejeição dessa nova condição, e o sentimento de vazio. O escritor apresenta, ainda, conflitos que podem abalar de forma irreparável as relações familiares, como a morte prematura de um filho, a falta de aceitação de transgeneridade e o preconceito racial. O escritor proporciona a conexão do leitor com as próprias memórias.

Mário Cezar da Silveira desenvolveu sua carreira na área de arquitetura e foi obrigado a repensar a vida com o nascimento de sua filha Carolina, com sequelas de paralisia cerebral. Tornou-se um estudioso de acessibilidade e Desenho Universal, e passou a ministrar palestras sobre temas relacionados a pessoas com deficiência. Sua vivência e aprendizado culminou com a necessidade de escrever seu primeiro livro: “a.C., d.C. – antes da Carolina, …depois da Carolina”, que obteve bastante sucesso e acabou por alimentar seu prazer em escrever. Pelas redes sociais há mais informações sobre o autor: Instagram: @mariocezardasilveira; Facebook: Mário Cezar da Silveira Escritor; e Twitter: Mario Cezar Escritor.

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