AVC: especialista da FSFX destaca importância da prevenção e atendimento rápido

Neurologista Daiane Barros. Foto: FSFX

No Dia Mundial de Combate ao AVC (Acidente Vascular Cerebral), celebrado nesta terça-feira (29) se tornou fundamental conscientizar a população sobre a gravidade dessa doença que continua sendo uma das principais causas de morte no Brasil, superando, desde 2019, até mesmo o infarto. Segundo dados dos registros de atestados de óbitos, somente em 2024, até o mês de agosto, mais de 50 mil brasileiros perderam a vida devido ao AVC. Porém, muitas dessas tragédias poderiam ser evitadas com prevenção adequada e, principalmente, com um atendimento rápido e eficaz.

Segundo a neurologista da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), Daiane Barros, o AVC é uma alteração súbita do fluxo sanguíneo no cérebro e, há dois tipos principais de AVC isquêmicos que representam cerca de 85 a 90% dos casos e ocorrem pela interrupção do fluxo sanguíneo cerebral, e o AVC hemorrágico, responsável pelos 10 a 15% restantes, causado pela ruptura de vasos sanguíneos. Segundo a médica, diversos fatores podem desencadear a doença e requer a atenção e o cuidado das pessoas.

“Os principais fatores de risco incluem hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, obesidade e sedentarismo. Além disso, aqueles com histórico familiar de AVC, o cuidado redobrado com a saúde é essencial. Por isso, é importante consultas regulares e buscar reduzir os fatores de risco, como cessar o tabagismo e controlar doenças crônicas”, reforça Dra. Daiane. Reconhecer os sintomas de um AVC é o primeiro passo para salvar uma vida. A médica destaca que os sinais são de início súbito e incluem paralisia facial (boca torta), alterações na fala, fraqueza ou dormência de um lado do corpo e perda repentina de equilíbrio ou visão.

Ao notar esses sintomas, é vital buscar ajuda médica imediata. “O tempo é um fator crucial no atendimento ao AVC. Temos uma janela de 4 horas e meia para iniciar o tratamento e minimizar os danos cerebrais. Mudanças no estilo de vida, como uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios são essenciais. É muito importante controlar a pressão arterial e o diabetes, não fumar e manter uma rotina de atividades físicas, medidas comprovadas que reduzem o risco de AVC”, aconselha a especialista.

 

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