Pesquisa revela que, 77% das empresas não têm iniciativas para ampliar a diversidade geracional em seus processos seletivos. O dado está no levantamento: “Etarismo e Inclusão da Diversidade Geracional nas Organizações”, que entrevistou empresas e profissionais do mercado brasileiro, feito por meio da parceria entre as empresas Robert Half e Labora. A Diversidade Geracional é quando uma determinada empresa acolhe profissionais de diferentes faixas etárias, no mesmo ambiente de trabalho, visando equidade. A 2ª edição da pesquisa foi publicada neste mês de outubro. Rodrigo Vieira de Souza, especialista em Engenharia e Segurança do Trabalho e Gestão Pública, professor do curso de Administração e Engenharia de Produção da Faculdade Una em Lafaiete, fez ponderações sobre o tema.
“A discriminação por idade prejudica tanto os funcionários mais velhos quanto os mais jovens, criando ambiente de trabalho tóxico. Para combater esse problema, as empresas podem implementar as seguintes estratégias: desenvolver e divulgar políticas de diversidade e inclusão, a fim de promover a diversidade etária, reconhecendo e valorizando as contribuições de profissionais de todas as idades; proporcionar capacitações para abordar preconceitos relacionados à idade; e revisar descrições de vagas e processos seletivos para eliminar discriminação etária e atrair uma força de trabalho diversificada. Essas iniciativas são fundamentais para cultivar a cultura organizacional inclusiva, na qual a idade é valorizada como um ativo, enriquecendo a diversidade, e promovendo ambiente de trabalho mais harmonioso e produtivo”, revela o profissional.
“Contratar profissionais experientes oferece benefícios significativos, tais como: estabilidade e comprometimento. Tendem a ser mais estáveis e dedicados, com visão de longo prazo e habilidades de resolução. A sua vivência proporciona capacidade aprimorada para lidar com desafios, de forma calma e objetiva. Profissionais mais experientes trazem visão diferenciada, promovendo soluções inovadoras, maturidade emocional, e controle emocional, contribuindo no equilíbrio. Muitos já se adaptaram a mudanças ao longo da carreira. Eles podem atuar como mentores, compartilhando experiências valiosas com as novas gerações, e sua rede profissional, abrindo portas para novas oportunidades,” afirma o docente que ministra as unidades curriculares: “Tomada de Decisão”, e “Ética, Valores e Cultura Organizacional”.
“Para se tornar atrativo para as empresas, o profissional pode adotar estratégias. Atualização constante em relação às novas tecnologias e tendências na área de atuação. Cursos, workshops e certificações são ótimas formas que o profissional continua aprendendo. A familiaridade com ferramentas tecnológicas e plataformas digitais é cada vez mais requisitada. Investir em habilidades em softwares, redes sociais profissionais e ferramentas de produtividade pode aumentar muito a atratividade. Trabalhar em habilidades interpessoais como comunicação eficaz, liderança, resolução de problemas e trabalho em equipe são valorizadas. Seguindo essas práticas, o profissional mais experiente pode não só se manter competitivo no mercado, como também demonstrar que a experiência acompanhada de habilidades,” finaliza Rodrigo Souza.
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