
Foto: FGR Assessoria de Comunicação
Historicamente, casar-se e constituir família seria objetivo principal das mulheres, muitas incentivadas por questões sociais. Conforme pesquisa conduzida pela Universidade de Stanford, 68% das pessoas ainda associam o estado civil de uma mulher à sua realização pessoal. Para Claudia Petry, pedagoga com especialização em Sexualidade Feminina e membro da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH), o conceito perpetuado por gerações, influencia o modo como às pessoas enxergam as mulheres.
Em referência ao Dia dos Solteiros, em 15 de agosto, e com base em estudos, especialistas apontam motivações que vêm libertando as mulheres de imposições que não cabem mais a elas. Mudanças nas convenções familiares: embora ainda haja pressão para seguir os padrões sociais, uma pesquisa realizada pelo aplicativo de encontros, mostrou que uma em cada três mulheres (37%) não tem interesse em cumprir esse marco convencional; e que 69% delas buscam uma relação duradoura, enquanto apenas 10% almejam o casamento.

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As mulheres vêm desafiando as normas e redefinindo o que significa ser feliz, priorizando outros aspectos, como educação, carreira e bem-estar mental e emocional. “À medida que as mulheres optam por construir seu próprio caminho, há um declínio dessa visão que não só limita as suas qualificações, como também influencia a forma como muitas enxergam suas próprias escolhas”, reforça Claudia Petry. Estudo mostrou que, 62% das mulheres afirmam que a decisão de não estar em um relacionamento está ligada ao desejo de manter a independência.
Além disso, a pesquisa motra que 54% mencionaram a busca por estabilidade emocional como razões para permanecerem solteiras. “O empoderamento feminino tem levado muitas mulheres a questionar e desafiar os papéis tradicionais de gênero, que associavam o sucesso feminino ao casamento e à maternidade”, confirma a psicóloga Monica Machado. Ainda segundo a pesquisa há foco na carreira. Cerca de 72% das mulheres solteiras declararam estar satisfeitas com a condição, afirmando que o status lhes permite maior liberdade em objetivos profissionais.

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“O desafio de conciliar vida pessoal e carreira leva a priorizarem o crescimento profissional antes de se comprometer em relacionamento sério, ou formação familiar. Esse movimento é reforçado pelo maior controle sobre a saúde reprodutiva, permitindo que as mulheres planejem melhor suas vidas e decidam quando, e se, querem casar ou ter filhos”, diz Claudia Petry, que também é especialista em Educação. A valorização do autocuidado faz com que as mulheres adotem a tendência de comportamento prioritário na qualidade dos encontros.
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