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Foto: Arquivo
Quem recebe um diagnóstico de câncer precisa do acompanhamento de profissionais especializados em saúde mental como psicólogos e terapeutas, para lidar com o turbilhão de sentimentos que surgem a partir da notícia. Os pacientes oncológicos, sem dúvida, são mais suscetíveis ao desenvolvimento de depressão e ansiedade que podem surgir durante o tratamento que, em sua maioria, é extenso. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (ONU), mais de 3O0 milhões de indivíduos em todo o planeta são afetados pela depressão, tornando-a um dos transtornos mais comuns no globo terrestre.
Com o intuito de acompanhar a saúde mental dos pacientes de neoplasias, pesquisa realizada, entre 2011 e 2012, com 393 pessoas de 20 anos de idade e diagnosticados com algum tipo de câncer, de quatro hospitais do câncer do Japão revelou que, 289 participantes apresentaram algum tipo de depressão: leve, moderada e moderadamente grave. Ou seja, apenas 22% não tiveram a doença. O levantamento foi publicado pela revista Nature, em maio 2022, um dos mais importantes periódicos científicos do mundo.
“A campanha Janeiro Branco é mais uma oportunidade de abordar a saúde mental das pessoas que já venceram a doença, mas que ainda precisam de cuidados, assim como quem ainda está em tratamento. É muito comum observarmos em pacientes oncológicos o desenvolvimento de depressão e ansiedade. A psicologia tem uma importância na escuta, no acolhimento e nos cuidados como forma de amenizar o sofrimento para que as coisas transcorram da melhor forma possível”, ressalta a psicóloga clínica do Cancer Center Oncoclínicas em Belo Horizonte, Patrícia Campos Christo.
A profissional completa dizendo que o paciente precisa ser visto em toda a sua integralidade, considerando suas necessidades individuais, os aspectos físico, psíquico, social e espiritual, além de ter acesso ao suporte de uma equipe multiprofissional, incluindo psicólogos. “A assistência psicológica deve ser oferecida a todas as pessoas com câncer como forma de aliviar a angústia e o sofrimento, e na elaboração e organização psicológica, emocional e prática. Desde o momento em que o paciente recebe o diagnóstico, oferecemos todo o suporte para ouvi-lo e acolhê-lo, pois é um momento de muita expectativa e ansiedade”, ressalta a psico-oncologista.
O Brasil deverá registrar 704 mil novos casos de câncer para cada ano do triênio 2023-2025, sendo os mais incidentes, respectivamente, o tumor de pele não melanoma, de mama feminina, próstata, cólon e reto, pulmão e estômago. O fortalecimento da saúde emocional é um dos pilares do tratamento e se expande depois que ele é concluído. “Mesmo após a finalização do tratamento, a ansiedade e o medo da recidiva permanece presente, por isso é extremamente importante que o paciente tenha um acompanhamento mais de perto por profissionais de psicologia. A pessoa deve sempre procurar ajuda”, observa a profisisonal.
O papel de familiares e pessoas próximas e bem-estar do paciente, e também a importância de receberem orientação de um psicólogo. É fundamental que, além da pessoa que está em tratamento, esses grupos também recebam as informações de todo o processo no enfrentamento da doença, como forma de diminuir o estresse e a ansiedade. “É importante praticar esse autocuidado no dia a dia, fazer uma atividade física; alimentar-se bem; ter momentos de interação com a família; cuidar do sono e buscar práticas relaxantes. É vital a manutenção das atividades corriqueiras”, finaliza a psicóloga do Cancer Center Oncoclínicas em Belo Horizonte.
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