A saúde mental ganha cada vez mais relevância nas estratégias corporativas para a saúde dos trabalhadores e a atenção primária a saúde aponta caminhos para assegurar equilíbrio entre cotidiano profissional e o bem estar na vida pessoal. O calendário da saúde abre o ano chamando a atenção para a saúde mental e emocional com o janeiro branco, um convite a pensar um aspecto fundamental da saúde que durante muito tempo foi negligenciado. Cada dia mais presente nas rodas de conversas sejam em pequenos círculos sociais ou na internet, as discussões sobre transtornos como depressão, ansiedade, bournout e estresse nunca estiveram tão presentes e acendem sinais de alerta.
“Antes se falava menos sobre o tema, então as pessoas tinham mais dificuldade em reconhecer os sinais de alerta, hoje as pessoas já enxergam isso de outro lugar, o cansaço extremo, insônia, alteração de apetite e dores de cabeça, por exemplo, já são percebidas como alerta para a saúde mental e não apenas física”, esclarece o psicólogo Hugo Couto. Como na saúde física, esses transtornos têm múltiplas causas e uma grande variedade de sintomas, manifestando-se de maneira diferente em cada indivíduo. Mas em desequilíbrio, a saúde mental afeta todas as áreas da vida e compromete até mesmo a saúde física com o desenvolvimento de doenças.
Se o tema tem ganhado cada vez mais relevância na sociedade, nas empresas ele chega como uma necessidade frente aos impactos desses transtornos no ambiente de trabalho, impactos que afetam o clima organizacional, a satisfação e consequentemente a produtividade e eficiência. O modelo de atenção primária à saúde aliado a gestão de grupos populacionais tem se mostrado uma estratégia efetiva nas empresas para este desafio, na medida em que enxerga o indivíduo como um todo, e não apenas a sua doença e propõe o engajamento das pessoas no protagonismo da própria saúde. Promovendo estilos de vida mais saudáveis, identificando riscos e oferecendo recursos multidisciplinares para cuidar da saúde.
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