Com a chegada do período de chuvas mais intensas em diversas regiões do país, aumentam os casos de enchentes, e transbordamentos, mesmo que pontuais. Além dos transtornos mais comuns, como perda de bens e dificuldade de locomoção, há ainda a preocupação com a saúde, já que muitas doenças podem ser transmitidas em alagamentos.
“Em cheias, a água da chuva se mistura com a água do esgoto, que está contaminada com urina e fezes infectadas por vírus e bactérias causadoras de doenças, como a hepatite A e leptospirose. O acúmulo de água também favorece a proliferação do aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e até febre amarela”, explica Juan Carlos Boado, diretor técnico hospitalar.
Doenças mais comuns:
Dengue: O perigo das enchentes se encontra nas poças que permanecem no local e acúmulo de água em lixo e outros objetos. Durante o verão, esses locais se tornam criadouro para o mosquito transmissor da dengue, que geralmente provoca inflamação nos vasos sanguíneos, causando febre, dor nas articulações, dor muscular, falta de apetite, enjoo, vômito e manchas vermelhas no corpo.
Hepatite A: Trata-se de uma doença causada por vírus, que tem acesso ao organismo por meio da ingestão de líquidos e alimentos contaminados pela água de enchente. Por isso, é importante descartar qualquer alimento que entrou em contato com a água, mesmo os embalados. É necessário ter atenção também à caixa d’água e outros reservatórios da residência.
Leptospirose: Conhecida como doença do rato, é transmitida pela urina de roedores infectados que se espalha na enchente. Ao entrar em contato com a água contaminada, a bactéria Leptospira consegue invadir a pele, causando a doença através de feridas, que aumentam as chances de contaminação.
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