Maioria das empresas fecha por problemas de gestão, explica especialista

Jonathas Freitas

Você sabia que mais de 65% das empresas fecham logo de início por problemas de gestão? Isso é o que revela uma pesquisa recente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). De acordo com o mesmo levantamento, no Brasil existem mais de 18 mil empresas ativas sendo que destas, 29% normalmente quebram em um ano, 42% quebram em dois anos, enquanto 56% quebram em cinco anos.

“A falta de capital e de clientes, a inadimplência e a falta de planejamento e gestão são um dos maiores motivos para uma empresa falir logo de início. Esses índices poderiam ser bem menores com um bom gerenciamento e aconselhamento”, explica o empresário Jonathas Freitas, investidor no mercado há 18 anos e que já participou da fundação de mais de 40 startups de tecnologia que se tornaram reconhecidas internacionalmente.

Nos dias de hoje, o smart money ou o know-how podem ser ainda mais valorizados que as quantias monetárias. A explicação é fácil: o investidor, além de aportar dinheiro, pode compartilhar todo o seu conhecimento em gestão e administração de negócios, seus erros e acertos do passado para que a empresa cresça com mais saúde e não venha a quebrar. Mas, para isso, é preciso que os sócios estejam dispostos.

Quando os níveis de mortalidade das empresas são comparados com os índices de outros países, eles são equivalentes. Então eles são normais, você pode se questionar. Podem até ser, mas só em partes. “A educação dos sócios é um pilar muito importante para o sucesso do negócio. Como investidores, acreditamos mais no empreendedor e no seu potencial. É ele que faz a diferença”, completa o especialista.

“Seja na parte jurídica, contábil ou tecnológica, o empresário precisa compreender o que se passa no seu negócio. Só assim, ele consegue ajustar e gerenciar, caso seja necessário. Não é preciso entender tudo a fundo, mas compreender é essencial para uma boa gestão. O retorno para o investidor de um aporte nesse modelo costuma ser bem maior que o capital investido ou qualquer outro ativo do mercado”, finaliza o empresário.

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