Um dos principais desafios do setor de saúde é reduzir custo per capita sem prejuízo da assistência, portanto, surge a necessidade evidente da diminuição das falhas assistenciais
Uma das formas de identificar essas falhas e possibilitar os devidos ajustes é por meio da metodologia DRG (Diagnosis Related Groups).Essa ferrementa, no entanto, não tão novo em outros países, mas recente aqui no Brasil e que vem sendo aventado pelo Ministério da Saúde, tem como proposta o aumento da produtividade do leito hospitalar, o gerenciamento dos custos, da qualidade e dos níveis de efetividade assistencial-hospitalar, além da possibilidade de mudança do atual modelo de remuneração.
A classificação do DRG foi desenvolvida na Universidade de Yale, Estados Unidos, no final da década de 1960. Na década de 1980, o DRG sofreu grande evolução metodológica, tornando-se o sistema utilizado pelo governo americano para avaliação do consumo de recursos para o tratamento hospitalar de pacientes agudos. A partir da década de 1990, o uso do DRG foi disseminado em várias partes do mundo, como Alemanha, Austrália, Espanha, França, Inglaterra, Itália e Portugal, e, mais recentemente, aqui no Brasil, conta o especialista em gestão de custos hospitalares e diretor de Serviços da Planisa, Marcelo Carnielo.
“A gestão de custos associada ao DRG, por exemplo, pode colaborar de forma definitiva na avaliação dos resultados dos produtos hospitalares, uma vez que o DRG é um produto assistencial clínico ou cirúrgico que tem consumo homogêneo de recursos. Quanto melhor o desempenho do hospital, mais recursos ele recebe, então, a remuneração dos prestadores de serviços sofre mudanças estruturais, visando o pagamento pela qualidade dos serviços prestados e não somente pela quantidade”, explica Marcelo Carnielo.
O DRG é uma metodologia sofisticada de compra de serviços, gerenciamento de custos e da qualidade assistencial-hospitalar, que permite a elaboração de um pacote ou produtos para a compra de serviços hospitalares – clínicos e cirúrgicos – tendo como base informações coletadas a partir da internação de pacientes, como idade, peso, diagnóstico principal, comorbidades, complicações da doença de base, e diagnósticos secundários, entre outros. A metodologia DRG possibilita a estratificação do risco assistencial, diminuindo os riscos de negociação por procedimento médico-hospitalar do lado do prestado.
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