FSFX: endocrinologista alerta para riscos da obesidade e febre das canetas emagrecedoras

Dr. João Paulo Silva Andrade. Foto: FSFX

O Dia Nacional de Prevenção da Obesidade é celebrado neste sábado (11), chamando a atenção ao próximo problema, crescendo silenciosamente, considerado uma epidemia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 2,43 bilhões de adultos estão acima do peso e outros 700 milhões com obesidade. O endocrinologista da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), Dr. João Paulo Silva Andrade, explica o impacto da obesidade na vida. O profissional de medicina faz alerta quanto ao efeito da utilização das canetas emagrecedoras, febre no Brasil. De acordo com o Mapa da Obesidade, elaborado pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), quase 20% da população brasileira apresenta Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 30, o que representa quase um em cada cinco brasileiros.

“A obesidade traz sérios riscos tanto para o corpo quanto para a mente. Do ponto de vista físico, ela aumenta o risco de desenvolver doenças como hipertensão, diabete tipo dois, colesterol elevado, problemas cardíacos, derrame cerebral, gordura no fígado e dores nas articulações. Mas o impacto não é só físico, ele também afeta a autoestima, a autoconfiança e o bem-estar emocional, podendo levar a um ciclo de ansiedade e depressão. Dormir bem, alimentar-se de forma equilibrada, praticar atividade física regularmente e cuidar da mente são pilares essenciais na prevenção das doenças crônicas. O mais importante é manter esses hábitos constantes ao longo da vida. Nunca é tarde para começar, independentemente da idade, crianças, adolescentes, adultos e idosos podem se beneficiar das mudanças de estilo de vida”, orienta o endocrinologista da FSFX.

Foto: Arquivo

Canetas emagrecedoras

O medicamento se tornou febre entre pessoas em busca de emagrecimento rápido.  Apesar do entusiasmo, o especialista alerta para o perigo do uso sem acompanhamento. “Essas medicações, à base de liraglutida, semaglutida e tirzepatida, são aplicadas por via subcutânea e imitam hormônios naturais do corpo. Elas ajudam a controlar o apetite, aumentam a sensação de saciedade e retardam o esvaziamento do estômago, o que leva à ingestão de menores porções de alimento e à consequente perda de peso. No entanto, o uso deve ser indicado apenas para pessoas com obesidade (IMC acima de 30) ou para quem tem sobrepeso associado a comorbidades, como hipertensão, diabete ou gordura no fígado. Os efeitos colaterais dessas medicações são muito comuns, principalmente no início do tratamento ou na fase de ajuste de dose”, orienta o médico.

De acordo com o profissional da FSFX, a prática de atividade física é um dos pilares mais importantes no tratamento e na prevenção da obesidade. “Quando o corpo se movimenta, há gasto energético, melhora do metabolismo e equilíbrio no peso corporal. A OMS recomenda que as pessoas com obesidade pratiquem de 150 a 300 minutos de atividade física moderada por semana. O ideal é combinar exercícios aeróbicos com exercícios de fortalecimento muscular, pelo menos três vezes na semana. O fortalecimento ajuda a preservar a massa magra e acelera o metabolismo, o que contribui para resultados mais duradouros. Quando cuidamos do peso, estamos cuidando da saúde na totalidade. A obesidade não é apenas uma questão estética, é uma condição médica que pode trazer complicações graves se não for tratada com seriedade”, explica o endocrinologista.

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