Unidade da FSFX preserva autoestima de pacientes com crioterapia capilar gratuita

Paciente Ana Beatriz. Foto: FSFX

A crioterapia capilar é um método de tratamento que utiliza o resfriamento do couro cabeludo com touca térmica para prevenir a queda de cabelo causada pelo tratamento de quimioterapia. Ao reduzir o fluxo sanguíneo para os folículos capilares, a touca diminui a absorção dos medicamentos quimioterápicos, protegendo os fios e minimizando a queda, o que provoca impacto positivo na autoestima do paciente. A perda de cabelo é um efeito colateral comum do tratamento do câncer, lembrada como um dos momentos mais temidos, sobretudo pelas mulheres, impactando diretamente sua autoestima e o bem-estar emocional.

O Hospital Márcio Cunha (HMC), administrado pela Fundação São Francisco Xavier (FSFX), disponibiliza essa ferramenta tecnológica para tornar o processo mais humanizado e menos doloroso. A instituição oferece, gratuitamente, a crioterapia capilar, conhecida como touca de resfriamento. Um sistema com eficácia comprovada, que pode preservar significativamente os cabelos de pacientes em tratamento quimioterápico. A técnica é simples, mas de grande impacto. Antes, durante e após a sessão de quimioterapia, o couro cabeludo é resfriado, provocando vasoconstrição, reduzindo a circulação de medicamentos nos folículos capilares.

O equipamento conta com um moderno sistema, com duas saídas para toucas hipotérmicas, permitindo que até duas pessoas recebam o tratamento simultaneamente, que já beneficiou mais de 200 pacientes. “A touca hipotérmica representa um alívio especial, principalmente para as mulheres que enfrentam o câncer de mama. Nem todos os casos tumorais podem fazer uso do recurso, isso é importante destacar. Atualmente, nós contamos com um equipamento com duas saídas para toucas, o que garante apoio para essas pacientes, mas ainda existe a restrição pelo número limitado de equipamentos”, destaca o médico oncologista Luciano Viana.

Entre elas, a jovem Ana Beatriz Rodrigues, de 26 anos, diagnosticada com câncer de mama em 2024. “Uma das minhas maiores inseguranças era a queda do cabelo, mas a crioterapia poupou mais de 50% dos meus fios. Isso fez muita diferença no meu emocional e no resultado do meu tratamento”, relatou a paciente. “Por isso, é essencial mostrar a importância desse suporte, ao mesmo tempo em que buscamos sensibilizar a sociedade e os nossos representantes para apoiar projetos que ampliem a disponibilidade de toucas, levando mais conforto e dignidade às mulheres nesse momento tão difícil do tratamento”, revela o médico especialista do HMC.

Outra paciente da unidade administrada pela FSFX, Roberta Leite, de 39 anos, também compartilhou sua experiência. Para ela, a técnica fez toda a diferença. “Graças ao uso da toca, consegui preservar boa parte do meu cabelo. Sou muito grata à equipe de enfermagem pelas orientações de cuidados para potencializar os efeitos”, disse. O impacto vai além da preservação dos fios, e significa a preservação de identidade, confiança e até a coragem para enfrentar os próximos passos no tratamento. A preservação do cabelo proporciona uma mudança significativa na atitude do paciente em relação ao tratamento.

A crioterapia ajuda os pacientes a se sentirem mais seguros na rotina social e profissional, reduzindo os efeitos psicológicos. Com iniciativas como essa, o HMC reafirma a missão de unir alta tecnologia, ciência e humanização em saúde. Reconhecida como referência no atendimento oncológico em Minas Gerais, a unidade busca constantemente aprimorar serviços, oferecendo não apenas tratamento, mas também acolhimento e esperança. A crioterapia capilar é mais um exemplo de como a instituição de assistência à saúde trabalha para transformar a experiência do paciente, mostrando preocupação com a qualidade aliada à humanização.

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