XP destaca oportunidades na renda fixa com decisão sobre manutenção da taxa Selic

Foto: Divulgação XP

A manutenção da taxa Selic em 15% pelo Comitê de Política Monetária (Copom) representa o segundo maior juro real do mundo e consolida a renda fixa como uma espécie de porto seguro para os investidores. Essa é a avaliação de especialistas da XP após o anúncio. O comunicado pós-reunião reforçou um desafio importante de política monetária, com uma inflação consistentemente acima da meta. O documento também reforçou que dificilmente haverá corte de juros no curto prazo e o Banco Central está jogando a possibilidade de um início de flexibilização para o primeiro trimestre do ano que vem.

A XP avalia que dois pontos da decisão do Comitê foram um pouco mais “duros” do que o mercado esperava. O primeiro foi manter a ressalva de que a taxa poderia voltar a subir, se necessário. “A maioria do mercado entende que os juros vão ficar em 15% por mais alguns meses, a despeito da melhora recente no câmbio e nas expectativas”, comenta Rodolfo Margato, economista da XP. O segundo ponto está relacionado às projeções de inflação. O Copom apresentou a estimativa do orgão para o primeiro trimestre de 2027 em 3,4%. Percentual acima da expectativa média do mercado, que variava entre 3,2% e 3,3%.

“O índice em 3,4% evidencia que as projeções de inflação continuam bem acima da meta, sinalizando um desafio relevante para a condução da política monetária nos próximos períodos”, reforça Rodolfo Margato. “Alinhados ao time de alocação da XP, avaliamos ser crucial para os investidores manterem carteiras equilibradas entre todas as classes de ativos, porém ainda com uma maior exposição em renda fixa”, destaca Marco Loureiro, sócio e Líder Regional da XP em Minas. Enquanto os juros básicos permanecem altos, o maior patamar dos últimos 20 anos, os investidores têm na renda fixa aplicações mais seguras e com retorno robusto.

Para o investidor blindar da Selic em 15% ao ano, o mercado oferece uma série de produtos. “A construção de estratégia eficiente passa pela combinação inteligente de ativos de renda fixa, com destaque para os títulos indexados à inflação, como o IPCA+, com proteção contra a perda do poder de compra e previsibilidade de retorno em longo prazo. Já para objetivos de curto prazo e maior necessidade de liquidez, os pós-fixados continuam sendo alternativas atrativas, especialmente em um cenário de juros elevados, que permanecem em dois dígitos e favorecem esse tipo de aplicação,” aponta Camilla Dolle, Head de Renda Fixa do Research da XP.

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